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Diretor do Daer garante que pedágio de Farroupilha não será reativado

Diretor do Daer garante que pedágio de Farroupilha não será reativado

O diretor geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Sul (Daer), Ricardo Nuñes, disse em Caxias do Sul que ainda não estão definidos os pontos de cobrança de pedágio do novo sistema de concessão de rodovias, mas garantiu de novo que a praça de pedágio entre Caxias e Farroupilha não será reativada. Ele adiantou que é muito provável que seja concedido o trecho entre Passo Fundo e Casca da RS-324, já que com o pedágio da 386 o tráfego de caminhões migrou para aquela rodovia, que não tinha estrutura para tanto. Segundo ele, esse é o único pedágio praticamente confirmado até agora na região.

 

Em palestra na reunião-almoço da Câmara de Indústria Comércio e Serviços (CIC), o engenheiro falou sobre o Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias da Região Serra (Crema-Serra). Ele falou sobre as obras já aprovadas, como os reparos da RS-122 e RST-453.

 

Ricardo Nuñez foi muito questionado sobre o projeto de concessão de rodovias. Ele não entrou em detalhes, mas garantiu que a constituição do modelo não está passando diretamente pelo Daer. Ele contestou a necessidade de aprovação dos projetos de concessão pela Assembleia Legislativa.

 

O presidente do Sindicato dos Representantes Comerciais (Sirecom), Adair Umberto Mussoi, questionou a afirmação do engenheiro e comprovou que outros estados adotam a mesma prática e questionou frontalmente os modelos de concessão. Ele exigiu regulamentação e sugeriu que o modelo da ANTT seja adotado, já que tem alguns parâmetros.

 

O engenheiro refutou a ideia, dizendo que se corre o risco de que a ANTT mude seus modelos e exija a mudança no Rio Grande do Sul.

 

O polêmico projeto vai a votação nesta terça-feira, dia 3, na Assembleia Legislativa e promete debates acalorados, já que as associações de usuários questionam o poder de decisão do governo proposto no projeto.

 

Sobre os pardais, o diretor acredita que são benéficos e refutou a ideia de que são arrecadatórios. "Quem não anda à cima da velocidade permitida não é multado. Apenas 1,3% das pessoas é autuado nas nossas rodovias. As comunidades que ficam às margens dos locais fiscalizados também aprovam e reclamam quando é retirado algum controlador, por causa do excesso de velocidade", considerou.

 

Ele mencionou as obras autorizadas em Caxias, de travessia urbana na RST-453 e RS 122, como o trevo da Codeca, já autorizado pelo Daer. Segundo ele, a execução da obra só depende da Prefeitura.

 

Por fim, Ricardo Nuñez criticou o tráfego de caminhões e disse que o excesso de peso destrói as estradas gaúchas, que não foram projetadas para receber veículos assim. "Os caminhões estão acabando com as estradas. Falam em bitrem, tritrem, mas trem é para ferrovia. Isso traz muito prejuízo para o nosso Estado", avaliou.