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Setor moveleiro registra queda de 20,8% no faturamento no primeiro trimestre

Setor moveleiro registra queda de 20,8% no faturamento no primeiro trimestre

O desempenho do setor moveleiro teve uma queda de 96 empregos diretos na indústria e um déficit de 20,8% no faturamento em termos nominais no primeiro trimestre de 2016, mantendo a retração generalizada em relação ao ano passado, em Bento Gonçalves. Esses números são reflexo da atual crise econômica do país, segundo informações do Sindmóveis. 

 

No ano passado foram fechados 1.100 postos de trabalho, ou seja foram demitidos mais trabalhadores do que contratados. Segundo Henrique Tecchio, presidente do Sindmóveis de Bento Gonçalves, os problemas continuam os mesmos do ano passado. "Essa situação alerta que vamos ter ainda um tempo de dificuldades de trabalho no setor moveleiro e também a nível de mercado nacional em relação aos nossos produtos, então isso vai ser a princípio uma inconstância nos próximos meses", explica.

 

E em termos de faturamento, no primeiro trimestre ocorreu uma queda de 20,8%, o que intensifica a queda de 13,4% ocorrida no ano de 2015. "Esse é um dado muito negativo, complicadíssimo", lamenta Tecchio. 

Enquanto no estado do Rio Grande do Sul, a queda nominal chegou a 13,5% no trimestre. 

 

Com esses dados é possível avaliar o período difícil que o pólo moveleiro enfrenta. No Brasil foram quase 2 mil postos de trabalhos fechados durante o mesmo período. 

 

Para tentar reverter o momento ruim, o presidente do Sindmóveis afirma que a entidade busca sempre diferenciais, como aplicar design nos produtos e novidades no mercado interno brasileiro. "Tivemos um grande resultado, muito importante na feira Movelsul, em março, onde trouxemos diversos importadores e outros vieram por conta visitar a feira. E isso culminou com bons negócios para algumas empresas do nosso pólo", comemora Tecchio. 

 

O trabalho dessas empresas já trouxe resultados em termos de exportações como no caso de Reino Unido, com 19%, Estados Unidos, com 959,5%, Colômbia, com 125% e Bolívia, com 55,7%. "Estamos trabalhando no mercado externo para buscar alternativas e trabalhar fortemente o diferencial dos produtos", afirma Tecchio.