Memória LEOUVE

Morte de cão em pátio de depósito em Bento Gonçalves gera protestos

Morte de cão em pátio de depósito em Bento Gonçalves gera protestos

A morte do cão Astor, da raça dobermann, ocorrida no domingo, dia 17, no pátio de um mercado da Rede Apolo no bairro Botafogo, em Bento Gonçalves, está causando comoção nas redes sociais e poderá ocasionar uma manifestação contra maus tratos a animais na cidade. O cachorro, que fazia segurança no depósito da filial, morreu sob o sol e sem água.

 

Conforme uma nota de esclarecimento divulgada pela direção da rede de supermercados, o cão foi vítima de uma fatalidade: a guia que o prendia teria bloqueado sua movimentação.  "A guia oferecia uma área de 300 metros quadrados para o seu deslocamento, com água e abrigo e servia exclusivamente para preservá-los de possíveis riscos, mas acabou sendo acavalada por uma pedra, bloqueando sua movimentação. Esta guia existe há mais de 30 anos e nunca havia acontecido tal incidente, que infelizmente aconteceu em um dia com um calor escaldante, com temperatura muito acima do normal, cerca de 38°C", afirma a nota.

 

Depois de perceber o que ocorria, os vizinhos do mercado teriam tentado acionar a Polícia Ambiental depois de tentar o socorro com os bombeiros e através do 190, mas foi a própria direção do mercado e funcionários de uma clínica veterinária que acorreram ao local cerca de uma hora depois para tentar, sem sucesso, salvar o animal.

 

Segundo relatos de vizinhos, eles não teriam entrado no local porque existe uma cerca elétrica e a presença de outros cães.

 

Responsáveis pela ONG Todos por um focinho afirmaram que já haviam recebido reclamações sobre as condições de animais no local. Na nota oficial, o diretor da rede, Antônio Cesa Longo, lamentou o caso, disse que o cachorro morava há mais de 10 anos no depósito, revelou que havia conferido o local na manhã do domingo e negou que o local não oferecia condições adequadas ao animal. Em nota nas redes sociais, a ONG afirma que houve negligência.

 

"Está muito claro que o local não é seguro, visto que uma simples pedra fez com que Astor ficasse impedido de se locomover, sofrendo com um sol de quase 40º, sem sombra, sem comida, sem água e, principalmente, sem socorro", diz a manifestação.