Caxias do Sul

UCS se despede do puma Zaki, maior felino do Zoológico

Animal foi diagnosticado com insuficiência renal crônica em 2022

UCS se despede do puma Zaki, maior felino do Zoológico
(Foto: UCS/Divulgação)

A Universidade de Caxias do Sul (UCS) se despediu do maior felino do Zoológico, o Puma concolor acolhido pela Instituição em 2003 chamado Zaki. O animal, em idade avançada para a espécie, morreu aos 19 anos na quarta-feira (1º), acometido por uma crise renal. A expectativa de vida, sob cuidados humanos, é de 19 a 20 anos, enquanto na natureza varia entre 8 e 13 anos.

Diagnosticado com insuficiência renal crônica no ano passado, o animal passava por tratamento. O médico veterinário responsável técnico pelo JAZO, Gabriel Guerreiro Fiamenghi, explica que de imediato aos sinais clínicos da crise renal instituiu-se o protocolo para estabilização, com fluidoterapia intravenosa, exames de sangue bioquímicos – para verificar os marcadores de função renal – e adequação aos resultados.

O felino selvagem ainda apresentava condições geriátricas em tratamento, como artrose. Fiamenghi acrescenta que em função da senilidade, o ambiente em que o puma vivia passou por adaptações para melhor atender às suas necessidades, com reforços cognitivos a partir de enriquecimento ambiental. As medicações contínuas eram fornecidas por meio da alimentação, exclusiva à base de carne.

Carinho para Zaki

Também conhecido como onça-parda ou leão-baio, Zaki era chamado carinhosamente pelos profissionais do zoo de gato/gatão. “Amado por todos aqui no Zoo, tem uma conexão muito forte principalmente com a bióloga Cláudia Borges Machado, que estava presente quando o animal chegou, em 2003, e desde então passou a acompanhar seu desenvolvimento”, conta Fiamenghi.

Cláudia acrescenta que o felino, provavelmente retirado da toca extremamente pequeno, era muito carismático e manteve um temperamento dócil durante toda a vida. Ela considera que a longevidade do animal foi uma consequência do tratamento de excelência que recebeu dentro do Zoo. Para além do contexto profissional, a bióloga responsável técnica pontua a dor pela perda em função da relação de muito afeto estabelecida. “Criei ele com grande proximidade desde que chegou. Foram 19 anos de convivência diária”, contextualiza, em luto.