Caxias do Sul

Vereador Felipe Gremelmaier destaca a lentidão do processo de ocupação da Maesa, em Caxias do Sul

Parlamentar do MDB criticou falta de efetividade e de definições para o prédio que é patrimônio histórico

Vereador Felipe Gremelmaier destaca a lentidão do processo de ocupação da Maesa, em Caxias do Sul
Crédito: Bianca Prezzi

A falta de efetividade da Prefeitura Municipal de Caxias do Sul no processo de ocupação do Complexo da Maesa foi criticada pelo vereador Felipe Gremelmaier/MDB durante sessão ordinária desta quinta-feira (02/02), na Câmara Municipal. O parlamentar declarou que não há sequência no trabalho e falta vontade política do Poder Executivo, que não apresenta uma sequência lógica do projeto.

“A evolução da Maesa representa geração de emprego e renda, forte atração turística e cultural. Gerará um envolvimento da comunidade caxiense e atrairá visitantes de outras cidades. Mas precisamos ter efetividade na captação de pessoas e recursos para ocupar a Maesa”, comentou Felipe.

O vereador citou uma série de exemplos de mercados públicos em cidades brasileiras e de outros países, tanto latinos quanto europeus, que podem servir de modelo para a ocupação do complexo histórico caxiense. O integrante da “Frente Parlamentar A Maesa é Nossa”  lembrou que o grupo tem trabalhado pela preservação e uso do prédio.

Disse ainda que, no entorno do imóvel, a comunidade está fazendo a parte dela, promovendo feiras de artesanato e culturais, além de oferecer opções de lazer como cervejarias e outros serviços. Mas ressaltou que falta atuação efetiva do Executivo, que ao menos deveria definir etapas e ações claras de uso do imóvel, o que não ocorre.

No discurso desta quinta, Felipe Gremelmaier também disse que espera mais agilidade da Prefeitura na análise e execução de projetos voltados ao turismo, como o Cidade Jardim, de Ana Rech.

Atualmente principal ocupação é com a Feira Maesa Cultural

A Associação dos Amigos da Maesa e a União das Associações de Bairros (UAB) com apoio da “Frente Parlamentar A Maesa é Nossa” criaram o projeto da feira, que realizada no terceiro domingo de cada mês, junto ao complexo da Metalúrgica Abramo Eberle (Maesa/Fábrica 2). A área possui mais de cinco hectares (52.951,57 metros quadrados), no quarteirão das ruas Plácido de Castro, Dom José Barea, Treze de Maio e Pedro Tomasi, na região central.

O prédio da antiga Maesa/Fábrica 2 data de 1948. Com estilo manchesteriano, abrigou a indústria de fundição da família Eberle, que produzia, entre outros itens, facas, espadas, esculturas, artigos de montaria e de ourivesaria. O projeto de construção coube a Sílvio Toigo e o de concreto, a Gabriel Pedro Moacir.

Em dezembro de 2014, o governo do Estado transferiu a área para Caxias. Em março de 2016, a Administração Estadual oficializou o uso público e cultural, quando começou a discussão sobre a ocupação, que ainda não foi concluído.

Localização do Prédio da Maesa