Agro Rural

Garibaldi não registra perdas na agricultura mesmo com forte estiagem no RS

As perdas da agricultura do Estado já ultrapassam R$ 1,3 bilhão

Garibaldi não registra perdas na agricultura.
Garibaldi não registra perdas na agricultura.

O município de Garibaldi não registra perdas na agricultura mesmo com a forte estiagem enfrentada em diversos locais do Rio Grande do Sul. Devido a falta de chuva, as perdas previstas da agricultura do Estado já ultrapassam R$ 1,3 bilhão, de acordo com dados levantados pela Emater.

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De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Garibaldi, Boa Vista do Sul e Coronel Pilar, Luciano Rebellatto, em um contexto geral, ainda não há sinalização de perdas na agricultura local. No cultivo da uva, as comunidades mais afetadas pela seca é Linha Camargo, em Garibaldi, e parte do interior de Coronel Pilar. Algumas lavouras de milho nestas regiões foram afetadas. “Tem chovido, muitas vezes de forma localizada. Com isso, não estamos em situação emergencial. Há falta de água. Está chovendo abaixo do nível necessário, mas não implica em perdas até então, apenas alguns problemas muito localizados”, afirma Rebellatto.

Na tarde desta quinta-feira (26), a reportagem do Portal Leouve buscou contato com o gestor da Corsan de Garibaldi, Adriano Nunes, que afirmou que o nível da barragem da cidade é considerado razoável. Mesmo com o registro de precipitações semanais pela região, Nunes afirmou que é preciso reforçar junto da população o uso consciente dos recursos hídricos.

A MetSul Meteorologia aponta que a pior área do mundo sob risco de seca pelos índices de estado da vegetação neste mês de janeiro está concentrada entre Argentina, Uruguai e o Rio Grande do Sul. São três anos seguidos de seca na região e a falta de chuva se agravou ainda mais nos últimos meses com precipitações extremamente deficientes.

O Rio Grande do Sul enfrenta o terceiro ano seguido de estiagem e a situação piora a cada dia na maioria das cidades do estado castigadas pela escassez hídrica. Com isso, os prejuízos não param de se avolumar no campo e o abastecimento de água para a população está em quadro crítico em diversas cidades. Alguns municípios já enfrentam racionamento.

Os prejuízos são muito grandes nas lavouras de milho e são crescentes na cultura de soja no interior gaúcho. Se a chuva seguir irregular e escassa nas próximas semanas, a quebra que hoje é pior no milho atingirá em cheio a cultura de soja, gerando prejuízos ainda maiores.

Foto: Holger Schué/Pixabay

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