Não é de hoje que a esperança de um futuro melhor passa pela confiança depositada na qualidade da educação. Mesmo assim, frequentemente, a escola é responsabilizada pelo processo de formação falho. Como equalizar questões tão fundamentais? Lembremos: para ser exitoso, todo processo educativo, seja escolar ou não, carece de acompanhamento contínuo. Na escola, a gestão educacional só será eficaz se o planejamento (pensado para atender as demandas dos estudantes) e a execução (realizada pelos professores junto à comunidade) estiverem alinhados, claros e coesos. Neste contexto, as políticas educacionais, se bem construídas, auxiliarão para que as arestas naturais do processo de ensino-aprendizagem sejam aparadas e os ruídos sejam evitados, minimizando a chance de insucesso.
A escola contemporânea é fruto de conquistas, avanços e retrocessos. Logo, há de se ter responsabilidade, atenção e cuidado na tomada de decisão, visto que toda implementação malsucedida pode impactar negativamente nas futuras ações educacionais. Evidentemente, o sucesso auxiliará para que novas iniciativas tenham a compreensão dos estudantes, o comprometimento dos professores e o aval da comunidade. Do contrário, o insucesso, se constante, contribuirá para o aumento da desconfiança, uma vez que as promessas não cumpridas trarão incertezas àqueles que, direta ou indiretamente, constroem e participam do processo educativo.
O entendimento de que não apenas a educação formal dos docentes (graduação, pós-graduação, etc.), mas também a formação cidadã/humana é vital para que lecionem com qualidade, também passa pela continuidade das ações educativas nestas esferas, e não apenas na esfera teórica. A prática, a experiência e a sabedoria adquirida no ambiente escolar certamente darão o tom que a educação do futuro pretende seguir nas próximas décadas. É necessário defender que não mais somente um projeto de nação passa pela educação, mas também um projeto global de sustentabilidade e preservação ambiental daquilo que nos é comum: o mesmo planeta.
Ademais, parece claro que a gestão educacional contemporânea exige força política e inteligência governamental a fim de que haja o entendimento amplo e coletivo do grau de importância que a educação possui no contexto mundial. Ou seja, devemos educar para a vida, não apenas para o desenvolvimento econômico e/ou a manutenção do mercado de trabalho manufaturado. É uma questão urgente alinhar os processos educacionais às tendências cooperativas ecoambientais que ditarão as parcerias público-privadas e as iniciativas internacionais na segunda metade do século XXI.