Comportamento

Três mil pessoas esperam por um transplante de órgãos no RS

No Brasil, 60 mil pessoas aguardam algum tipo de transplante

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Foto: Divulgação Câmara de Vereadores

Para tratar do tempo de espera na fila para doação de órgãos, os vereadores de Farroupilha receberam na noite da última segunda-feira (28), a senhora Lurdes Guaragni Zardo. Sua vinda foi estimulada pelo vereador Calebe Coelho, para retratar o cenário de pessoas que aguardam algum tipo de transplante de órgãos.

Lurdes foi acometida em 2010 por uma grave pneumonia que culminou em sequelas pulmonares, vindo a necessitar do uso de oxigênio em 2015. Com a evolução da doença, a senhora entrou, em 2018, na fila para o transplante de pulmão. Desde então, realiza consultas a cada dois meses em Porto Alegre e constantes sessões de reabilitação.

No Brasil, a lista de pessoas que aguardam algum tipo de órgão alcança 60 mil, das quais três mil no Rio Grande do Sul. A maior procura no Estado são córneas, seguido de rins e medula, conforme aponta dados fornecidos por Lurdes na Sessão.

A Lei federal que regula a remoção, transplante e tratamento de órgãos explica que a retirada dos mesmos de pessoas após morte encefálica só poderá ocorrer com permissão dos responsáveis legais.

Porém como forma de facilitar o contato da Central de Transplantes com a família de possíveis doadores, o Governo do Estado criou ao cidadão a Declaração de Doação de Órgãos. O documento permitirá que as pessoas registrem gratuitamente nos cartórios o seu interesse de ser um doador, servindo de instrumento à Central para facilitar a entrevista com os familiares. A estratégia está ainda sendo normatizada por parte dos cartórios civis e tabelionatos.