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Calor, luxo e organização: caxienses contam experiência na Copa do Mundo

Torcedores da dupla CaJu, Fernando Gastaldello e Sandro Angeli acompanham 3ª edição do torneio, diretamente dos estádios

Caxienses na Copa do Mundo (2)
Fernando Gastaldello e Sandro Angeli estão em sua terceira Copa (Foto: Arquivo Pessoal)


Amigos há quase  50 anos, os caxienses Fernando Gastaldello e Sandro Angeli estão realizando, mais uma vez, o sonho de milhões de pessoas: viver a Copa do Mundo in loco (no local). No Catar desde o dia 20 de novembro, a dupla acompanha, nos estádios, a terceira edição do torneio. Anteriormente, assistiram partidas no Brasil, em 2014, e na Rússia, em 2018.

Ambos herdaram o amor pelo futebol dos pais, que chegaram a disputar partidas amadoras em Caxias do Sul. Da mesma forma, carregam consigo a paixão pelo E.C. Juventude (Gastaldello) e pela S.E.R. Caxias (Angeli). Em entrevista exclusiva ao Portal Leouve, eles detalharam como está sendo a experiência no país do Oriente Médio.

Eles nutrem o amor pelo Juventude e pela SER Caxias (Foto: Arquivo Pessoal)

“Tínhamos uma expectativa de que era um país bem fechado pela sua cultura, suas leis. Mas fomos muito bem recebidos por aqui”, destacou Angeli, que é administrador de empresas. “O futebol está em nosso DNA”, complementou Gastaldello, que é oftalmologista.

No Catar, Angeli e Gastaldello já assistiram aos empates, sem gols, entre México e Polônia e também de Uruguai e Coréia do Sul. A dupla ainda acompanhará direto dos estádios os confrontos Croácia x Canadá, Irã x Estados Unidos, Brasil x Suíça, além de Croácia x Bélgica.

O dia a dia no Catar

Quando o Catar foi anunciado como sede da competição em 2010, os olhos do mundo se voltaram ao país do Oriente Médio, principalmente pelas inúmeras diferenças culturais e sociais com o Ocidente. Mesmo assim, os caxienses destacaram pontos positivos do local. Dentre os principais: o luxo das construções e a organização catari.

“Doha parece um lego, é uma cidade perfeita, rodovias, logística e infraestrutura. A arquitetura é incrível, os prédios são impressionantes”, comentou o torcedor grená. Mesmo assim, segundo ele, há regiões mais humildes, disparidades comuns em países emergentes.

(Foto: Arquivo Pessoal)

Por outro lado, alguns problemas são enfrentados nas saídas dos estádios, principalmente quando o assunto é mobilidade urbana. Até o último domingo (20), a FIFA já havia vendido cerca de três milhões de ingressos. “Mas no dia a dia é tranquilo”, contextualizou o administrador de empresas.

Mesmo que nesta época seja o inverno do Oriente Médio, o calor assusta, ainda mais para moradores da Serra Gaúcha. Nesses países, é comum que as temperaturas alcancem quase 30ºC neste período do ano. “Para nós que moramos em Caxias é o nosso verão, apesar de aqui ser o inverno deles”, descontraiu o torcedor alviverde.

A relação com outros povos

Único país pentacampeão mundial, o Brasil é lembrado e celebrado por milhões de pessoas. Desde os trabalhadores, que imigraram de países vizinhos, até os cataris, muitos torcem pelo hexacampeonato do time canarinho.

“Eles enxergam uma camisa do Brasil e ficam muito felizes, querem tirar foto, querem conversar, falam que o Brasil vai ser campeão. Estão com uma perspectiva mais positiva do que os próprios brasileiros”, afirmou Sandro.

Dupla durante a partida entre México e Polônia

Ainda assim, um subevento tradicional nas Copas do Mundo leva multidões às ruas dos países-sede: a fan fest. Trata-se de locais com telões e praças de alimentação para acompanhar as partidas fora dos estádios. Segundo a dupla, esses momentos são de brincadeiras e celebrações entre os povos.

“A Copa do Mundo é um evento em que se percebe um clima extremamente favorável do ponto de vista de uma energia positiva. Vemos as pessoas felizes, de nacionalidades diferentes se abraçando, sorrindo, convivendo em extrema harmonia apesar de ser um evento de competição”, concluiu Gastaldello. O itinerário da dupla caxiense no Catar seguirá até o dia 3 de dezembro.