Bento Gonçalves

Morador de Bento Gonçalves está entre acusados de neonazismo em Santa Catarina

Ao todo, oito homens foram presos durante um encontro.

Imagem: Polícia Civil / Divulgação
Imagem: Polícia Civil / Divulgação

Na última semana oito indivíduos foram detidos após serem flagrados em um encontro neonazista em São Pedro de Alcântara, na região de Florianópolis. Dentre os acusados está um morador de Bento Gonçalves.

Saiuri Reolon tem antecedentes criminais por lesão corporal, ameaça e homofobia. Em imagem divulgada ele aparece com uma pistola e, ao fundo, uma bandeira nazista. Informações dão conta de que o acusado seria empresário do setor têxtil. No momento que foi preso, Reolon estava com outros sete indivíduos em uma reunião de uma célula neonazista na cidade de São Pedro de Alcântara. O local teria sido escolhido por ser a primeira colônia alemã no Brasil.

Além de Reolon, outros sete foram presos. Dentre os detidos estão indivíduos com antecedentes por diversos crimes contra a vida. Confira a lista divulgada pelo G1.

Laureano Vieira Toscani foi condenado por tentativa de homicídio após atacar um grupo de judeus em Porto Alegre, em 2005. Ele cumpria a pena pelo crime em liberdade e era monitorado por tornozeleira eletrônica. Ele usava o equipamento no momento da prisão.

João Guilherme Correa é personal trainer. Do Paraná, foi denunciado por duplo homicídio decorrente de uma disputa entre lideranças de células neonazistas na região metropolitana de Curitiba. O caso ainda não foi julgado.

Gustavo Humberto Byk é de Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul, e atua como gerente. Ele tem passagem pela polícia por preconceito religioso.

Julio Cezar de Souza Flores Junior é vigilante. No Rio Grande do Sul tem passagens policiais por receptação e porte de arma de fogo.

Igor Alves Vilaca Padilha é mineiro e engenheiro. No nome dele tem registrada uma empresa prestadora de serviços contábeis.

De Portugal, Miguel Angelo Gaspar Pacheco também é empresário com atuação em São José, na Grande Florianópolis.

Rafael Romann é catarinense é identificado como autônomo e tem uma empresa de comércio varejista registrada no Paraná.

Defesa dos acusados afirma que “as conclusões extraídas até o momento não imprimem a realidade dos fatos

A defesa dos oito acusados foi procurada pelo G1 e em nota afirmou que “as conclusões extraídas até o momento não imprimem a realidade dos fatos”. Confira abaixo

A defesa técnica dos investigados vem a público manifestar seu respeito ao trabalho policial, esclarecendo, no entanto, que as conclusões extraídas até o momento não imprimem a realidade dos fatos.

O processo tramita em segredo de justiça e será nele que a defesa irá exercer seu trabalho, nos estritos limites legais, de modo a produzir provas qualitativas capazes de formar a convicção do(a) juiz(a) quanto a inocência de todos.

O que se roga, neste momento, é que não sejam formados juízo de valor ou conclusões precipitadas, sem que os investigados tenham ainda exercido seu constitucional e legítimo direito de defesa.

Justiça de Santa Catarina decreta prisão preventiva de grupo flagrado em encontro neonazista