Eleições

Em nota, Ministério da Defesa não excluiu possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas

Segundo a pasta "o relatório indicou importantes aspectos que demandam esclarecimentos"

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Ministério da Defesa (MD) do Governo Federal se manifestou por meio de nota na última quinta-feira (10), “com a finalidade de evitar distorções do conteúdo do relatório” divulgado na quarta-feira (9). Conforme o conteúdo direcionado “ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e publicado no site oficial da pasta, “o Ministério da Defesa esclarece que o acurado trabalho da equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022“.

Ainda segundo o MD, “o relatório indicou importantes aspectos que demandam esclarecimentos. Entre eles:

– houve possível risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas devido à ocorrência de acesso dos computadores à rede do TSE durante a compilação do código-fonte;

– os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação; e

– houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação“.

O Ministério da Defesa salientou ainda que “em consequência dessas constatações […] elencados no relatório, não é possível assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento“.

Ainda na nota, o MD informa que solicitou ao TSE, com urgência, “a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras“.