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Miolo Vinhas Velhas Tannat 2020 recebe premiação no Uruguai

Concurso foi realizado em Punta Del Este

Miolo Vinhas Velhas Tannat 2020 cruzou as fronteiras brasileiras
Miolo Vinhas Velhas Tannat 2020 cruzou as fronteiras brasileiras (Foto: Divulgação)

O Miolo Vinhas Velhas Tannat 2020 cruzou as fronteiras brasileiras para ser reconhecido fora do país. Recebendo, assim, a medalha de ouro durante a 8ª edição do Concurso Internacional Tannat al Mundo Terruño de Oro, realizado em Punta Del Este, no Uruguai. O júri era composto por representantes da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) e de técnicos das Associações de Enólogos da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Peru e Uruguai.

Organizado pela Associação de Enólogos do Uruguai, o concurso reuniu 167 amostras de 55 vinícolas da Argentina, Bolívia, Brasil e Uruguai.

“Receber Medalha de Ouro para o nosso Miolo Vinhas Velhas Tannat 2020 justamente no país onde o Tannat é emblemático, é um reconhecimento que vai além do nosso horizonte e mostra ao mundo que cada terroir precisa ser compreendido para entregar o que ele melhor produz. Estamos muito felizes e orgulhosos”, destaca o enólogo Adriano Miolo, Diretor Superintendente da vinícola.

Este vinho nasceu de vinhas com 46 anos. O vinhedo de uvas finas é o mais antigo do Brasil, um patrimônio que já se transformou em milhões de litros de vinho e que segue sua jornada atravessando o tempo, desafiando o homem com a bênção da terra. Aprendendo com o terroir da Campanha Central, em Santana do Livramento, a Miolo aprimorou sua habilidade e gerou ali um vinho que retrata a cultura de vinhas velhas da Europa. O solo areno-argiloso de topografia plana com leves ondulações e um clima quente e sub úmido com longas horas de sol é o ambiente perfeito para o cultivo da Tannat que, conduzida em espaldeira se sobressai, elevando o DNA da região para este tipo de casta na região. Assim, a planta concentra açúcares e matéria corante, elevando a carga tânica. A colheita é manual e seletiva com controle de produção de 1 quilo por planta, chegando a 3 toneladas por hectare.

O processo de elaboração deste vinho inicia pela seleção dos cachos, que são desengaçados sem esmagamento. A maceração pré-fermentativa a frio leva uma semana. Já a fermentação alcoólica e maceração são feitas a uma temperatura controlada de 25°C, com gestão da extração fenólica, pigeages e delestages. Para maior extração tânica, a maceração pós-fermentativa dura, em média, de 10 a 15 dias, com longo período de cuvaison (40 dias). Após o descube por gravidade e separação do vinho flor do vinho na prensa, o amadurecimento é feito em barricas novas de carvalho francês por 12 meses, potencializando os atributos da cepa. Persistente, como a casta se comporta, este vinho é robusto e pujante, com alta capacidade de guarda.

“O vinhedo é a nossa fortaleza e este vinho retrata muito bem a excelente adaptação da casta Tannat na Campanha Central, onde ela se revela em sua plenitude. A possibilidade de fazer um vinhas velhas nos moldes europeus nos enche de orgulho. É a materialização de toda nossa tradição no manejo de vinhedos e em extrair o melhor de cada terroir”, celebra o enólogo Adriano Miolo.