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STF forma maioria para barrar decretos de Bolsonaro sobre armas

STF forma maioria para barrar decretos de Bolsonaro sobre armas
Antonio Augusto/Secom/TSE - 02/08/2022

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta terça-feira, 20, pela manutenção da liminar que suspendeu a flexibilização da compra e o porte de armas no Brasil. O plenário da Suprema Corte manteve a decisão concedida pelo ministro Edson Fachin, em 5 de setembro, quando revogou trechos de decretos decretos realizados pelo governo Jair Bolsonaro sobre os CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), que regulamentam o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003) e flexibilizam a posse de arma de fogo e a quantidade de munições que podem ser adquiridas.

Na ocasião, o ministro justificou a suspensão pelo risco de aumento da violência política com o início da campanha eleitoral. “Noutras palavras, o risco de violência política torna de extrema e excepcional urgência a necessidade de conceder o provimento cautelar”, disse ao atender os pedidos. A determinação de Fachin atendeu a pedidos realizados de maneira liminar, ou seja, provisória, em três processos impetrados por partidos oposicionistas como PSB e PT.

Com a decisão, a “posse de armas de fogo só pode ser autorizada às pessoas que demonstrem concretamente, por razões profissionais ou pessoais, possuírem efetiva necessidade”. Da mesma forma, a aquisição de armas de fogo de uso restrito só deve ser autorizada no interesse da segurança pública ou da defesa nacional, não em razão do interesse pessoal.

Quanto às munições, o Edson Fachin definiu ainda que os limites devem se limitar ao que garanta apenas o necessário à segurança dos cidadãos. Com seis votos a favor, as decisões de Fachin não podem ser revertidas. Seguiram o entendimento dele os ministros Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Rosa Weber.

*Informações Jovem Pan