Opinião

Viva com Saúde - 01/09/2022 - Cigarro Eletrônico

Viva com Saúde - 01/09/2022 - Cigarro Eletrônico

No quadro Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre os dispositivos eletrônicos para fumar.

Muito já se avançou na conscientização a respeito  do tabagismo, porém algumas alternativas acabam retrocedendo nesta luta, como é o caso da popularização dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). Um novo relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) apontou que o crescente consumo de produtos novos e emergentes do tabaco, especialmente entre as pessoas jovens, é um novo desafio para a saúde pública. A organização cita como principal exemplo os cigarros eletrônicos, que segundo relatório, são os Estados Unidos o país que possui maior consumo, 19,6% entre os jovens. No Brasil, a estimativa é de que 20% dos que têm entre 18 e 25 anos mantenham o hábito, de acordo com a Universidade Federal de Pelotas e a Organização Global de Saúde Pública, mesmo com a comercialização proibida em território nacional.

Inicialmente, os dispositivos eletrônicos foram vendidos como forma de reduzir o uso de cigarros tradicionais, com a justificativa de que não fariam mal à saúde. Mas o que se percebeu foi o contrário, um estudo publicado na revista Pediatrics mostrou que mais de 1 milhão de adolescentes de 14 a 17 anos passaram a consumir algum tipo de tabaco diariamente nos Estados Unidos, entre 2017 e 2019.

O produto, composto de materiais de lítio e um líquido à base de glicerina, onde são dissolvidos nicotina e cerca de 16 mil tipos de essências flavorizantes. Mais do que o vício, a nicotina aumenta os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão e insuficiência cardíaca. A substância é vista por especialistas como um dos maiores fatores de risco para esse tipo de enfermidade.

Embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tenha proibido a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer tipos de DEFs, a fiscalização ainda é baixa e o acesso ao dispositivo, amplo e irrestrito.

Saiba mais sobre o cigarro eletrônico em entrevista realizada com a doutora Ana Gelatti, oncologista da Oncoclínicas RS: