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Presidente da CBF vai propor perda de pontos em caso de racismo a partir de 2023

A proposta será apresentada nesta quarta-feira, 24, durante o Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol

Presidente da CBF vai propor perda de pontos em caso de racismo a partir de 2023
(Foto: Reprodução/CBF)

Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o baiano Ednaldo Rodrigues vai propor aos clubes das quatro divisões nacionais que casos de racismo sejam punidos com a perda de pontos a partir de 2023. A proposta será apresentada nesta quarta-feira, 24, durante o Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, que acontecerá na sede da entidade, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

“Eu defendo que as punições têm de ser desportivas. As multas, muitas vezes, são derrubadas ou diminuídas”, disse Ednaldo Rodrigues em entrevista à TV Globo. “Administrativamente, no dia seguinte que qualquer ação dessas acontecesse, a CBF ou qualquer outra entidade que administra o futebol poderia tirar os pontos do clube”, acrescentou.

O seminário contará com a presença do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, de representantes da Fifa, do Observatório da Discriminação Racial do Futebol e do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQs, entre outros. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), também deverá estar presente.

Fonte: Jovem Pan

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Durante a partida entre Brasil de Farroupilha e Juventude no estádio das Castanheiras no último domingo (21), pelo Campeonato Gaúcho feminino, um ato de racismo teria partido de um torcedor da equipe farroupilhense.

Diante da situação, que envolve a atleta Roberta Rosa do Juventude, a Federação Gaúcha de Futebol (FGF), se manifestou através das redes sociais. Confira a nota abaixo:

“Diante do episódio envolvendo a atleta do Juventude Roberta Rosa, que relata ter sofrido injúria racial por parte de um torcedor na partida contra o Brasil-Far, no Estádio das Castanheiras, em Farroupilha, pelo Gauchão Feminino, no último domingo (21), a Federação Gaúcha de Futebol – FGF reforça o repúdio a qualquer ato de discriminação e reitera que recusa o racismo em todas as suas formas de manifestação.

A Federação também espera que as entidades policiais e desportivas apurem o caso e apliquem as penalidades cabíveis aos responsáveis. O episódio foi relatado na súmula da partida.

Dentro do compromisso de combate e prevenção contra todo e qualquer preconceito que venha a ocorrer no ambiente do futebol gaúcho, a FGF tem, desde 2020, em parceria com Ministério Público, Polícia Civil e OAB/RS, a campanha “Juntos – Contra a Violência e o Preconceito”. Neste ano, a FGF também se juntou à associação de afroempreendedorismo Odabá para ajudar a promover ações pela luta antirracista no futebol.

Da mesma forma, o Brasil de Farroupilha também publicou uma nota repudiando os atos do último domingo, confira:
“A SERC BRASIL vem a público reafirmar que repudia veementemente todo e qualquer ato racista ou de qualquer forma de preconceito.
Somos uma entidade de 83 anos, fundada por descendentes de imigrantes que vieram de outras cidades estados e até continentes, trabalhadores das ferrovias oriundos de todas as regiões e de todas as etnias. E desde os primórdios aprendemos a conviver e a respeitar toda e qualquer diferença. Hoje somos uma Sociedade esportiva, recreativa e também cultural, por isso a igualdade sempre será o nosso principal pilar.

Nos consideramos referência na modalidade feminina no futebol do interior do nosso estado, modalidade esta que luta a cada dia por direitos e igualdade, combatendo preconceitos. Fazemos isso com total convicção e nunca por obrigação.

Diante dessa ideologia, estaremos sempre atentos a todos os fatos que forem levantados que possam representar algo controverso a essa ideologia, e com postura firme e responsável os apuraremos de maneira rígida e eficaz.

“Somos Rubro-verdes no coração, mas amamos e respeitamos todas as cores”

O caso seguirá sendo investigado pelos órgãos competentes.