Exportações do agronegócio gaúcho apresentam nova queda em julho

No mês de julho de 2022, 67% do valor exportado pelo Rio Grande do Sul teve como origem o agronegócio. Mesmo assim, representa uma queda de cerca de 17% se comparado com o mesmo período em 2021. Tais dados foram divulgados pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) no início desta semana.

Dessa forma, do US$ 1,8 bilhão comercializado pelo estado, US$ 1,2 bilhão são oriundos do agronegócio. Em volume, a participação é de 87% do total embarcado, sendo totalizada 1,5 milhão de toneladas. Sendo assim, a queda foi de 2,6 milhões de toneladas em julho de 2021 para 1,5 milhão de toneladas em julho de 2022. Em relação a junho de 2022, houve aumento de 3% no valor e 6% no volume.

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Mesmo com as quedas significativas, a soja segue ocupando a primeira posição como produto mais exportado, com U$ 637.088mi, uma queda de 27% se comparado com julho/2021. Sobre essa retração, o analista de Relações Internacionais da Farsul, Renan Hein dos Santos, falou à Rádio AGERT. Uma das questões citadas por ele ainda faz alusão à seca enfrentada pelo estado no início do ano.

“A soja em grãos com uma queda de 40% no valor e 53% no volume. E, isso que foi um dos melhores meses do ano para a soja. De novo aquela tecla que a gente vem batendo que o estado do Rio Grande do Sul perde muito ao não conseguir irrigar por problemas de legislação, e de burocracia. São muitos dólares que deixam de entrar na nossa economia porque temos uma estiagem, e no momento que temos uma estiagem nós não conseguimos irrigar e, então, temos perdas enormes”.

Ainda assim, as carnes e os cereais, com 8 e 58%, respectivamente, apresentaram os maiores crescimentos na comparação entre julho de 2021 com o mesmo mês em 2022. Já na comparação entre janeiro e julho do ano passado com o mesmo período no ano vigente, os cereais, com 172%, bem como o fumo e seus produtos, com 20%, apresentaram os maiores crescimentos.