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Contravenções e fraudes fiscais custaram R$ 336,8 bilhões ao Brasil em 2021

Contravenções e fraudes fiscais custaram R$ 336,8 bilhões ao Brasil em 2021

R$ 336,8 bilhões. Esse é o tamanho do prejuízo que o Brasil teve com crimes como contrabando, pirataria, roubo, concorrência desleal por fraude fiscal, sonegação de impostos e furto de serviços públicos no ano passado.

O valor gerado pela ilegalidade equivale ao produto interno bruto (PIB) dos estados da Bahia e Sergipe somados. E mais: R$ 95 bilhões do total referem-se a tributos não recolhidos pelos governos e que poderiam ter sido revertidos para a sociedade, segundo o levantamento realizado pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) e Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

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O estudo levou em conta dados do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) para 16 segmentos econômicos, além de serviços de infraestrutura de energia e água.

Veja os valores dos prejuízos divididos pelas atividades

Vestuário – R$ 60 bilhões
Combustíveis – R$ 26 bilhões
Cosméticos – R$ 21 bilhões
Bebidas alcoólicas – R$ 17,6 bilhões
Defensivos agrícolas – R$ 15,1 bilhões
TV por assinatura – R$ 15 bilhões
Cigarros – R$ 13,3 bilhões
Fármacos – R$ 9 bilhões
Material esportivo – R$ 9 bilhões
Óculos – R$ 8,5 bilhões
Software – R$ 7,5 bilhões
Celulares – R$ 4,3 bilhões
Audiovisual (filmes) – R$ 4 bilhões
Perfumes importados – R$ 2 bilhões
PCs – R$ 1,6 bilhões
Brinquedos – R$ 810 milhões.

Já entre os serviços de infraestrutura, os “gatos”, que são os furtos de energia elétrica, atingiram a marca de R$ 6,5 bilhões no ano passado. E o prejuízo provocado pelas ligações ilegais na rede de abastecimento de água somou R$ 20 bilhões. A fraude fiscal gera outro prejuízo, além do financeiro para os cofres públicos e de investidores corretos: o de empregos. Só em 2021, o país deixou de gerar 535,7 mil empregos formais por causa de fraudes fiscais – o segmento de vestuário sozinho deixou de abrir 94 mil vagas.