Caxias do Sul

Reunião entre Executivo e Sindiserv não teve definição sobre reposição salarial dos servidores de Caxias do Sul

Sindicato está se preparando para nova mobilização em frente ao Centro Administrativo; Executivo realiza novas projeções para apresentar aos servidores

Reunião entre Executivo e Sindiserv não teve definição sobre reposição salarial dos servidores de Caxias do Sul
(Foto: Divulgação)

Um encontro realizado entre Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv) e Prefeitura Municipal resultou em alguns avanços para a categoria, como envio da legislação sobre a adequação do Estatuto da Guarda Municipal à Lei Federal 13.022/14 e mudança na denominação de “Gratificação de Periculosidade” para “Gratificação por Risco de Vida”, projetos de Lei que foram atendidos e encaminhado para a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. Porém, no que diz respeito aos itens que compõem a Campanha Salarial 2022 ainda não foram definidos.

Conforme a presidente do Sindiserv, Silvana Piroli, o sindicato possui preocupação no que se refere aos salários dos servidores. “Nessa reunião, não houve nenhum avanço com relação a questão salarial. Nós estamos bastante preocupados, pois o salário dos servidores vem sendo corroído pela inflação e a Administração não se compromete a repassar aos salários a inflação ocorrida no período. Então essa tem sido a nossa principal questão agora, que é a reposição da inflação e retorno da trimestralidade”.

Na reunião realizada no gabinete, o secretário de Gestão e Finanças, Gilmar Santa Catharina, realizou a apresentação das despesas orçamentárias e expôs que o Executivo não tem recursos para atender as demandas do sindicato. “Conheço o processo orçamentário e estamos fazendo inúmeros esforços para cortar custos para arcar com as despesas. O saldo do valor empenhado é insuficiente. Perdemos desde 2013 uma média de 34% de retorno de ICMS, cerca de R$ 150 milhões anuais. Além de outras questões que nos deixam sem caixa para conceder reajuste aos servidores”.

Piroli ressaltou que o repasse é uma questão de prioridades, na qual ela explica através de uma comparação com as necessidades que as famílias enfrentam em uma casa. “O salário dos servidores não inviabiliza nenhuma obra. Agora, se a Prefeitura que realizar mais obras em detrimento do pagamento do salário dos servidores, quem acaba financiando isso é o salário dos servidores. É como na casa da gente, onde temos um salário no mês e temos despesas fixas e outras que não são, que às vezes, quando dá, tem que juntar um pouco de dinheiro para fazer outras coisas que não estão no teu cotidiano. Tudo depende da prioridade. Você pode em um mês, por exemplo, ao invés de priorizar comprar rancho ou alimentação, comprar outras coisas e deixa de comer”.

Ainda conforme a presidente, o Executivo solicitou vinte dias para fazer novas projeções. O Sindiserv se movimenta para uma nova paralisação no dia 18 de agosto em frente ao Centro Administrativo, data do prazo estipulado para o Executivo apresentar novas tratativas.