No último final de semana, a ponte entre Bento Gonçalves e Cotiporã ficou novamente interditada. A situação f0i registra em, pelo menos, quatro oportunidades apenas em 2022. Nesta segunda-feira (20), o local já está liberado para passagem de veículos.
Ao longo do outono deste ano a Serra Gaúcha tem registrado diversos dias com chuvas. As precipitações, naturalmente, elevam o nível dos rios das região. Por conta deste efeito, a ponte que liga Bento Gonçalves a Cotiporã sobre as águas do Rio das Antas fica submersa. Esta passagem é a forma mais rápida que os moradores das duas cidades têm para ir de um lado ao outro. A outra alternativa, usada quando as chuvas intensificam, é a BR-470, indo até Veranópolis. Este trajeto aumenta significativamente o tempo de deslocamento.
Com a alta das chuvas, desde o início de maio a ponte ficou interditada e/ou submersa em quatro ocasiões. Uma consequência da elevação do Rio das Antas é o dano causado às cabeceiras da ponte. Quando a água baixa, a prefeitura de Cotiporã e a de Bento Gonçalves precisam ir até o local para fazer trabalhos de reparo.
Alternativa via BR-470 e RS-359
Quando a ponte fica submersa e a trafegabilidade é comprometida, uma das alternativas para os condutores é utilizar a BR-470. De Bento Gonçalves deve-se ir a Veranópolis e depois acessar a RS-359 até Cotiporã. Este trajeto é cerca de uma hora mais distante entre as cidades.
Nova ponte é demanda antiga
Diante da situação leitores do Portal Leouve indagam sobre a possibilidade da construção de uma nova ponte. Uma estrutura que tenha elevação maior e, desta forma, não seja interditada quando as chuvas aumentam o nível do Rio das Antas. A equipe de reportagem procurou o prefeito de Cotiporã, Ivelton Zardo, para saber se a cidade já planeja tal obra.
Notícias Relacionadas
ADOÇÃO
Governo do RS intensifica campanha para adoção de animais resgatados durante as enchentes
Iniciativa amplia ações de mídia para incentivar adoção de mais de 1,6 mil cães e gatos que estão em abrigos temporários
CONTA DE LUZ
Novembro terá bandeira tarifária amarela na conta de energia
Melhora no volume de chuvas motivou a Aneel a reduzir a tarifa extra, após dois meses com a bandeira vermelha
Conforme o gestor, uma nova ponte já é uma demanda antiga, porém, ainda é um projeto inicial e distante. “Hoje possuímos uma ponte que encontra-se por [por ano] três, quatro ou mais vezes a submersa. Mas também que está com sua estrutura a bastante defasada e praticamente condenada. Estamos sim pensando em um projeto futuro com a construção da nova ponte. A gente sabe que não é um projeto simples, há um valor grande de recursos e estamos na fase inicial de estudos.” destacou.
Para o avanço deste projeto, o município está buscando auxilio do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER). O órgão, segundo o prefeito Zardo, auxiliará na fase de estudos para que seja encontrado o melhor local de construção da nova ponte. Desta forma, depois que esta parte for concluída, uma união de esforços entre os municípios da região deverá acontecer para possibilitar a criação da estrutura.
A estrutura atual
Conforme Remi Enricone, que trabalhou na construção da ponte que liga Bento Gonçalves e Cotiporã, a estrutura começou a ser feita no dia 13 de julho de 1974. Entretanto, a inauguração aconteceu apenas oito anos depois, em 1982. E, desde então, a população convive com a impossibilidade de utilizar a ponte quando as chuvas se intensificam e elevam o nível do Rio das Antas.
