Comportamento

Projeto de empresa de Garibaldi supera marca de 1 milhão de embalagens PET reutilizadas

Plásticos Bellaforma compra material de escolas e entidades, criando um ciclo em que todos os envolvidos ganham

(Foto: Lilian Donadelli/ Grupo RSCOM)
(Foto: Lilian Donadelli/ Grupo RSCOM)


Reciclar é fazer mágica. Esse é o slogan do projeto socioambiental desenvolvido pela Plásticos Bellaforma, de Garibaldi, em parceria com o Sicredi, ambos associados da Apeme (Associação de Pequenas e Médias Empresas). Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, a iniciativa ajuda escolas e entidades, já que a empresa compra plásticos tipo PET (Politereftalato de Etileno) recolhidos por elas. Os números impressionam: desde o início do projeto, em 2019, foram recicladas 1.133.000 garrafas, gerando um valor de R$ 62.652,00 que foi repassado para as escolas e entidades participantes.

Basicamente, o projeto funciona através de uma rede de cooperação: pessoas ligadas às escolas ou entidades juntam garrafas, retiram rótulo, tampa e lacre, e depositam em sacos fornecidos pela Bellaforma, os chamados bags. Esse material é recolhido pela empresa, prensado por uma cooperativa de recicladores da cidade e depois transformado em bobina plástica, que por sua vez é utilizado como parte da matéria-prima das mais diversas embalagens produzidas pela empresa.

“É um ciclo infinito em que todos ganham: a escola, que recebe o mesmo valor que pagaríamos pela compra do plástico no mercado, as cooperativas de recicladores, que ganham para fazer a prensagem, e o meio ambiente, que é preservado”, explica o coordenador do projeto, Jeferson Alberton.

Atualmente são mais de 26 escolas e entidades participantes nas cidades de Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Caxias do Sul e Garibaldi, mas interessados podem aderir ao projeto a qualquer momento entrando em contato com a Bellaforma através do telefone (54) 3462 4545.

Um exemplo das empresas apoiadoras do projeto é a Tramontina, que também utiliza embalagens produzidas em plástico Pet reciclado. Recentemente, a marca incluiu na embalagem de um de seus produtos um QRCode que leva o consumidor a uma visita virtual ao Projeto Reciclar é Fazer Mágica. Por meio do link é possível acompanhar a trajetória da ação, parceiros e até um Garrafômetro, que mostra o número de garrafas recolhidas desde 2019.

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Premiação
Em novembro do ano passado, o projeto Reciclar é fazer mágica conquistou seu primeiro pódio em premiações. Concorrendo com 16 projetos de empresas de toda a região Sul do Brasil, a Bellaforma conquistou o terceiro lugar na categoria Compromisso Social. “Os resultados e reconhecimentos reforçam nossa visão de que o plástico não é um vilão e que pode gerar benefícios para todos, desde que usado e descartado da forma correta”, analisa Dendena.

Saiba mais
• Pode participar qualquer instituição com cunho educacional ou assistencial, desde devidamente formalizadas com CNPJ;
• Os materiais aceitos no projeto são as garrafas de água e refrigerante, pois são feitas de material PET de fácil reciclagem – o símbolo do PET deverá estar marcado no plástico com o triângulo de número 1. Na parte inferior, geralmente estará escrito PET ou PETE. A exceção são garrafas cujo rótulo não seja removível (como de energéticos) e de azeites, em função da dificuldade de higienização;
• A separação do PET do restante dos materiais é de responsabilidade de cada escola/entidade. Os bags são separados em três tipos: plástico transparente (mais nobre), plástico verde e de outras cores de plástico (menos nobres). Rótulos, tampas e lacres serão aceitos em breve;
• As embalagens devem ser livres de resíduos, a fim de evitar a proliferação de insetos, bem como o mau cheiro nas escolas;
• Depois de prensadas, as embalagens são transformadas no chamado plástico filme (em bobinas) de diferentes espessuras, que por sua vez são utilizados pela Bellaforma como parte da matéria-prima para produção embalagens para os segmentos moveleiro, metalmecânico, de agronegócios e de utilidades.

Confira a reportagem em vídeo: