A Comarca de Caxias do Sul, primeira de entrância final a concluir a digitalização dos processos, foi a escolhida pela Corregedoria-Geral da Justiça para dar início ao projeto de unificar o atendimento ao público. A Central de Atendimento do Público (CAP) Total foi instalada dia 23/5, no térreo do Foro da Comarca de Caxias do Sul e conta com uma equipe de sete servidores e dez estagiários. O atendimento, antes feito nos balcões dos cartórios, está concentrado na CAP Total para atender partes e Advogados em processos da área cível e criminal. Os atendimentos ligados à Vara de Execuções Criminais (VEC) e ao Juizado da Infância e Juventude (JIJ) continuam nos respectivos cartórios. Essa CAP atende por quatro linhas de balcão virtual e treze ramais.
Na primeira semana foram realizados 422 atendimentos presenciais, 272 prestações de serviço no balcão virtual e 11 3 e-mails respondidos.De acordo com a Juíza de Direito Joseline Vargas, Diretora do Foro, “os números foram bem consideráveis, visto o caráter embrionário do projeto. Nós somos a nossa maior barreira. Devemos quebrar nossos paradigmas para construir juntos resultados diferentes e melhores, trazendo mais eficiência para o nosso trabalho e, por consequência, para o jurisdicionado.”
O servidor José Gilmar Savi Mundo, está há 34 anos no Judiciário. Começou na Comarca de Vacaria e há 7 anos pediu remoção para a Comarca de Caxias do Sul, onde começou a trabalhar na 2ª Vara de Família. E agora foi convidado a atuar na CAP Total. “Fui indicado para trabalhar na CAP representando as Varas de Família de Caxias do Sul, a primeira e a segunda. A minha função é atender e orientar as partes e Advogados pessoalmente, pelo telefone, através de e-mail e também pelo balcão virtual. Conto com a ajuda do competente estagiário Israel da Luz, o qual tem total domínio sobre todas as funções da CAP. O atendimento tem sido satisfatório. Fazemos o possível para que todos saiam com seus pedidos atendidos. A expectativa é de que este projeto piloto criado pelo Tribunal de Justiça aqui em Caxias dê certo. Estamos trabalhando para isso. Se depender de nós, funcionários, bem como dos estagiários, magistrados, Direção do Foro, Corregedoria e todos os operadores do direito, o projeto vai acontecer e se expandir para todo o Estado”, prevê Gilmar Mundo.
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Um dos estagiários que estão na equipe é Henrique Susin Scopel. Ele está trabalhando no atendimento voltado à área criminal. Henrique já havia tido experiência na área de atendimento quando fez estágio na VEC de Caxias. “Minha função agora é trabalhar na triagem e separação de processos que se referem à matéria criminal, o que é bem interessante e positivo. É uma grande transição, porém os desafios estão sendo bem superados. Nossa nova sala está confortável e tem espaço para todo mundo realizar os atendimentos com tranquilidade. Temos ouvidos bons comentários. A maioria é positiva, tanto das partes quanto dos Advogados. As partes gostam porque dizem que é mais rápido, porque ouvimos o que a pessoa quer na triagem e já passamos para a área específica. É tudo bem separado e, com isso, é mais ágil. Os Advogados gostam porque não precisar subir nos cartórios. É só passar ali com as informações e nós buscamos os processos enquanto eles aguardam. Não esperam muito. O máximo de espera é de 10 minutos. A equipe está se esforçando bastante. Estamos ainda em adaptação, mas está melhor a cada dia.
Para Eduardo Todeschini, Técnico Judiciário, o novo serviço de atendimento é um marco na relação com a sociedade. “Atender bem, em seu âmago, traz consigo agilidade, interesse pelo interlocutor, honestidade, transparência na resposta, gentileza e humanidade. Nosso Poder Judiciário está investindo em profissionais preparados para atender pessoas (partes e advogados), pois, além de investir em tecnologia, aprimora seus serviços em nosso público alvo, aquele que necessita de nossos serviços: o público em geral, a nossa comunidade. O projeto piloto instituído pelo nosso Tribunal de Justiça, juntamente à Direção do Foro de Caxias do Sul, alberga esta filosofia. Reflete sobre questões fundamentais à vida humana, ao ser humano que precisa de uma resposta aos seus anseios para melhor viver. Traz à baila a dignidade à pessoa humana, restaura sua autonomia e respeito, preceito este de sociedades democráticas de direito” analisa Eduardo. As unidades judiciais e os magistrados continuarão recebendo quem procurar, mas a triagem e o encaminhamento está sendo feito pela CAP Total.
