O tempo já começou a mudar no Rio Grande do Sul com aumento de nuvens e registro de chuva em diversas regiões entre a madrugada e a manhã deste domingo (05). No Vale do Taquari e no Planalto Médio, a precipitação em alguns pontos até o final da manhã deste domingo somava 15 mm e na região de Caxias do Sul havia medições indicando até 30 mm.
A chuva, entretanto, está recém começando e as precipitações vão atingir muito mais cidades e com volumes muito mais altos até amanhã à medida que se organiza uma frente quente e que depois se converte em uma frente fria com um centro de baixa pressão sobre o Sul do Brasil.
Hoje, ar mais quente avança sobre o ar frio sobre o território e começa a organizar uma frente quente. O aeroporto de Assunção, no Paraguai, registrava 23ºC no fim da manhã deste domingo enquanto em Buenos Aires, na Argentina, no mesmo horário, fazia 8ºC. A advecção de ar quente vai intensificar a instabilidade no Rio Grande do Sul nas próximas horas, especialmente entre a noite deste domingo e a madrugada da segunda-feira, quando nuvens de grande desenvolvimento vertical devem se formar sobre o Estado com chuva mais generalizada e que será localmente forte a torrencial com altos volumes em curtos períodos.
A maior instabilidade no Rio Grande do Sul é prevista para amanhã, segunda-feira (06). Muitas nuvens vão cobrir o território gaúcho no decorrer da segunda com probabilidade de chuva na grande maioria dos municípios ao longo do dia. Chuva que será localmente forte a torrencial com potencial de trazer altos volumes, havendo ainda o risco de temporais isolados com raios e granizo localizado.
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A chuva neste começo deve ter altos volumes em parte do Rio Grande do Sul com acumulados de 50 mm a 100 mm em diversos municípios gaúchos e com possibilidade de marcas mesmo de 100 mm a 150 mm de forma localizada em algumas áreas do interior, especialmente entre o Centro e o Oeste gaúcho. Todos os modelos indicam a possibilidade de acumulados altos a muito altos de precipitação em parte do território gaúcho entre domingo e segunda-feira, mas os modelos não convergem em indicar quais áreas teriam a chuva mais volumosa. A maioria aponta para pontos do Centro para o Oeste e o Noroeste, embora, tradicionalmente, frentes quentes tragam mais chuva no Oeste, no Centro, Sul e o Leste do Estado. A instabilidade pode trazer ainda temporais isolados com ocorrências de raios.
Não se prevê um cenário de tempo severo generalizado e quaisquer ocorrências de tempo severo tendem a ser isoladas. Embora não se possa descartar vento forte localizado, o maior risco neste tipo de sistema que atuará no começo desta semana é queda isolada de granizo, ocasionalmente em grande quantidade de forma muito isolada. Como granizo é fenômeno extremamente isolado, não raro em poucos bairros numa cidade, é possível se antecipar o risco, mas na maioria dos casos não se pode dizer exatamente onde vai cair.
A expectativa é que no decorrer da terça-feira (07) a instabilidade ainda persista em diversas áreas do Sul do Brasil à medida que um centro de baixa pressão cruza pela região a partir do Paraguai, levando chuva para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná com risco de temporais isolados e precipitações localmente fortes a intensas. A instabilidade será maior na Metade Norte gaúcha e nos territórios catarinense e paranaense.
Fonte: Metsul
