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Magazine Luiza tropeça de novo e ações levam tombo na B3

Magazine Luiza tropeça de novo e ações levam tombo na B3

O Magazine Luiza tropeçou na inflação e em um cenário macroeconômico difícil no primeiro trimestre. Os investidores não perdoaram a reversão do lucro em prejuízo no período e as ações MGLU3 levam um tombo nesta terça-feira (17) — figuram entre as maiores baixas do Ibovespa.

Mas nem tudo está perdido para o Magalu. A XP Investimentos, por exemplo, acredita que, apesar do momento mais desafiador para a demanda de bens duráveis, a varejista será favorecida nos próximos trimestres pela aceleração do varejo físico na comparação com 2021.

Então o pior ficou pra trás? Para o Santander, sim. O banco já esperava que o Magazine Luiza sofresse com a inflação e a taxa de juros mais elevada no início deste ano, e agora acredita que MGLU3 deve ter uma performance entre neutra e positiva nos próximos meses.

O Santander tem recomendação overweight (compra) para o Magalu, com preço-alvo de R$ 11, o que representa um potencial de valorização de 147,2% com relação ao fechamento de segunda-feira (16). Quem também apresentou uma visão um pouco mais otimista foi a Genial Investimentos, que destaca o fato de o Magazine Luiza ter conseguido repassar gradualmente a inflação de custos ao consumidor final — mesmo considerando as promoções do período, como o retorno do saldão Magalu em janeiro.

De fato, nos três primeiros meses do ano, a varejista liquidou geral: reduziu em mais de R$ 1 bilhão o saldo de estoques no período.

Para MGLU3, a Genial manteve a recomendação de compra, mas reduziu o preço-alvo para 2022 de R$ 8 para R$ 6 — um potencial de valorização de 34,9% em relação ao fechamento de segunda-feira (16).

As barreiras que o Magazine Luiza (MGLU3) terá que pular
Apesar de nem tudo estar perdido para o Magazine Luiza (MGLU3), isso não significa que a varejista queridinha dos investidores terá um caminho livre de barreiras ao longo de 2022. O Bradesco BBI enxerga que o Magalu terá no restante do ano e, principalmente no segundo semestre, o desafio de acelerar o crescimento, mantendo os melhores níveis de rentabilidade — um equilíbrio difícil de ser encontrado, segundo o banco. A recomendação do Bradesco BBI para a ação MGLU3 é neutra, com preço-alvo de R$ 9,00 — um potencial de valorização de 102,2% em relação ao fechamento de segunda-feira.

Além da espiral inflacionária e do aumento dos juros, o BTG Pactual tem três preocupações principais que podem afetar o desempenho das ações:

Desaceleração no comércio eletrônico local, também afetado pela reabertura total das operações da B&M (varejo físico);

Concorrência de players nacionais e internacionais;

Margens sustentáveis para os players do comércio eletrônico, dada a perspectiva competitiva à frente.

O BTG tem recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 16,00, ou seja, enxerga um potencial de valorização de 259,5% para MGLU3 em 12 meses.