Comportamento

Frigoríficos gaúchos operam com ociosidade de 40%

Média de abates de bovinos no setor se mantém em torno de 6 mil cabeças por dia

Foto: Fernando Dias / Divulgação / CP
Foto: Fernando Dias / Divulgação / CP

Com a retração das vendas de carne na ponta da cadeia produtiva, os frigoríficos gaúchos esperam uma recuperação de renda do consumidor para melhorar a atividade nas indústrias. Os números indicam uma ociosidade de 40% frente à capacidade instalada das indústrias, que já operou com mais de 50 mil abates por semana. A média de abates de bovinos no setor se mantém em torno de 6 mil cabeças por dia (29 mil por semana).

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Ronei Lauxen. “O nível de emprego está melhorando, a atividade econômica está começando a se movimentar, isso tende a influenciar positivamente no consumo de carne”, avalia Lauxen, sem arriscar projeções para os próximos meses. Segundo o empresário, os preços pagos pela carne aos pecuaristas mostram estabilidade, mas os frigoríficos têm dificuldades em repassar o aumento de custos de produção ao varejo. No Rio Grande do Sul, o preço do quilo vivo do boi gordo está hoje em R$ 11,33, e o quilo da carcaça, em R$ 22,06, de acordo com levantamento do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro) da Ufrgs de 29 de abril.

Do lado da oferta, Lauxen observa que o volume de animais para abate deve ser suficiente até julho. A tendência de terminação antecipada de animais alimentados a pasto, porém, poderá encurtar a entressafra, segundo o empresário.

Fonte: Correio do Povo