Política

Série de entrevistas com pré-candidatos ao Governo do Estado: Beto Albuquerque (PSB)

Realizadas no Jornal da Manhã da Jovem Pan Serra Gaúcha, os pré-candidatos falam sobre suas principais pautas e propostas de governo

(Foto: Jornal da Manhã JP/Reprodução)
(Foto: Jornal da Manhã JP/Reprodução)

Na continuidade da série de entrevistas com os pré-candidatos ao Governo do Rio Grande do Sul nas eleições gerais de 2022, no Jornal da Manhã da Jovem Pan Serra Gaúcha, Maicon Rech conversa com os candidatos que apresentam suas propostas em 12 minutos, através de um bate-papo.

O participante desta quarta-feira (27) foi Beto Albuquerque (PSB), o qual já atuou como deputado federal por quatro mandatos no Rio Grande do Sul, e também, foi candidato a vice-presidente em 2014 e a Senador, no ano de 2018. Sua pré-candidatura ao Governo do Estado se deu ainda em 2021, no mês de setembro. O político destacou que essa antecedência foi essencial para que o público pudesse conhecer melhor seu perfil e suas propostas, além de declarar estar preparado e maduro para enfrentar o cargo executivo do RS.

As contas do RS é uma preocupação no geral, uma vez que o futuro governante do Estado iniciaria o mandato sem o incremento de orçamento, realizado nos últimos dois anos pelo governo federal em função da pandemia, onde, aparentemente, as contas estariam sendo colocadas em dia. Beto relata a preocupação com a dívida do RS com a União, a qual está suspensa de pagamento por uma liminar no Supremo Tribunal Federal. “Tem cinco anos que o Estado não paga essa dívida. É uma dívida de R$ 4 bilhões por ano. Portanto, no momento que você deixa de pagar R$ 20 bilhões em quase cinco anos, você paga todas as contas, mas, é preciso deixar claro que a dívida ainda existe. Nós tivemos, durante a pandemia, repasses do Governo, mas tivemos aumentos de preços de combustíveis, energia. Nós tivemos uma redução de custeio, porque escolas e repartições publicas todas ficaram fechadas, e nós não pagamos a dívida. Então, é uma falsa aparência, lamentavelmente”.

Como o Estado optou por entregar os blocos de rodovias à iniciativa privada, a tarifa dos pedágios teria um aumento exacerbado. Albuquerque destaca que, caso o Governo assine o contrato e seja eleito para atuar em 2023, não vê outra solução se não a de acatar com o que for decidido. “Vamos conviver com trinta anos com um pedágio que, teoricamente, tem um conjunto de obras a fazer. O primeiro requisito para que um pedágio seja bom é que ele tenha muita obra, que ele duplique estradas, que ele acabe com a “curva da morte” aí da ERS 122, que faça viadutos para eliminar cruzamentos que, hoje, prejudicam muito o fluxo. O tempo ele é a forma que se tem de abater tarifa, mas pelo visto, ou se colocou muita obra ou se tem veículos de menos circulando diariamente, para justificar uma tarifa tão alta. Então se o Governo assinar o contrato e implantar o pedágio, a tarifa é muito maior que essa que está sendo divulgada. Se não houver homologação, nós vamos revisar bem detalhadamente o pedágio da Serra para que ele não seja um elemento que atrapalhe o desenvolvimento regional em razão dos seus custos”.

Sobre a recuperação da educação que sofre com estruturas, falta de professores e a valorização da categoria, o político destaca ser um momento lamentável no Estado e vê como prioridade em seu plano de governo. “A educação estadual vai muito mal, lamentavelmente, em que pese à disposição, o carinho, a dedicação dos professores e professoras, mesmo sem ter sequer a inflação no seu salário nos últimos oito anos. É difícil você imaginar um adolescente, um jovem, querer ficar na escola quando ela é completamente desprovida da modernidade, como por exemplo, de laboratórios de informática para aprender a desenvolver softwares, laboratórios de robótica que, hoje, muita indústria exige. A nossa escola tem que ser reerguida do sistema e nós vamos fazer isso. Eu quero ser o Governador da Educação no RS”.

Beto ainda destaca que, a partir da educação o Estado pode ser um gerador de empregos ao qualificar a mão de obra, a fim de tornar o RS atrativo para novos investimentos. “Portanto, recuperar a educação é recuperar a oferta de empregos. Temos que ser mais ofensivos na atração de investimentos na busca de empresas, e diversificar a localização desses novos investimentos”. O político ressalva a importância da existência de financiamentos para pequenos, médios e grandes empreendedores, desde o rural até o urbano.

Confira o bate-papo realizado com o pré-candidato: