Nesta segunda-feira (25) iniciou a série de entrevistas com os pré-candidatos ao Governo do Rio Grande do Sul nas eleições gerais de 2022, no Jornal da Manhã da Jovem Pan Serra Gaúcha, apresentado por Maicon Rech de segunda a sexta-feira, às 7h. Os candidatos terão 12 minutos para a apresentação de suas propostas através de um bate-papo.
Quem iniciou sua participação nesta segunda-feira foi Luiz Carlos Heinze (PP), atual Senador do Rio Grande do Sul. Na pré-candidatura, a chapa é composta também por Tanise Sabino (PTB) como vice, e Comandante Nádia (PP), para o Senado Federal. Ambas são atualmente vereadoras em Porto Alegre. Os trabalhos para esta composição vêm acontecendo desde o final do ano de 2021.
Um dos questionamentos realizados para Heinze foi sobre o incremento de orçamento realizado nos últimos dois anos, onde as contas estariam sendo colocadas em dia em mandatos de governos anteriores. Agora, o futuro governante do Estado iniciaria o mandato sem este incremento. Para manter ou deixar o RS com uma saúde financeira estável, o Progressista relata que terá um grande desafio. “Teremos que pagar, já no primeiro ano de governo, cerca de R$ 2 bilhões. E eu já fiz as contas, atualizando esses valores em quatro anos, temos que pagar R$ 12 bilhões. O Sartori pagou R$ 5 bilhões, e não conseguia manter a folha de pagamento. O Eduardo Leite não pagou a dívida com a União. Essa dívida, se não for paga a prestação, ela acumula. E hoje, esse é o primeiro gargalo que terei que enfrentar. Eu já sei e estou estudando as finanças do Estado”.
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No que diz respeito aos pedágios e o alto valor que será cobrado nas tarifas, Heinze salienta ser favorável as concessões e que os pedágios são necessários. Porém, ele enfatiza que a forma como está sendo cobrada esta tarifa não seria de maneira correta. “O que eu vejo nesse instante é a forma de cobrar o pedágio. Tem que ter uma forma de menor tarifa. O Estado não precisa de uma forma de arrecadar dinheiro, precisa que as obras sejam feitas, que as duplicações sejam feitas, as melhorias sejam feitas, mas não pra que sobre dinheiro para o Estado. Assim eu vejo a ERS-118, a 122, a 240. Eu vejo vários trechos de Lajeado e Encantado, várias estradas que existem queixas da população com relação ao sistema de pedágio que está sendo implementado. Então, sou favorável ao pedágio, precisamos deles, mas não da forma como está sendo implementado no Rio Grande do Sul”. O pré-candidato ainda destaca que já possui profissionais habilitados estudando a proposta referente aos pedágios para encontrar uma solução.
Em relação à educação pública gaúcha no que diz respeito às estruturas escolares, falta de professores e valorização da categoria, Heinze já possui o conhecimento de alguns problemas enfrentados nas escolas e vê a educação como prioridade. “Nós temos uma escola, que não vou citar o local nem o nome, que está sem luz. Não conseguem comprar um transformador tendo dinheiro no caixa do Estado. Um ano e quatro meses para comprar o transformador, e isso não pode acontecer. Eu estou olhando também quanto recebe um diretor de escola. O FG que recebe um diretor de uma escola de mil alunos, R$ 600, com a responsabilidade que ele tem. Temos que rever a direção das escolas, as próprias coordenadorias, quando recebem um coordenador para manter uma região inteira. Então, esse é o primeiro passo com relação ao salário que recebe um professor, um diretor de uma escola, um vice-diretor e até mesmo um coordenador regional. Nós temos prioridade na educação”, declara. Além das prioridades em reaver os salários dos profissionais, o político ainda diz que a ideia é de fortalecer e aprimorar as atividades culturais e tecnológicas, ressaltando a importância da música e dos esportes para atrair cada vez mais crianças para participar no ambiente escolar, além da educação digital, temas fundamentais para o plano de gestão de Luiz Carlos Heinze.
Confira o bate-papo completo realizado com o pré-candidato:
