A Surdolimpíadas que acontece a cada 4 anos é o evento multidesportivo mais antigo, depois dos Jogos Olímpicos. A primeira edição, realizada em Paris em 1924, foi também o primeiro evento esportivo para pessoas com necessidades especiais. Como marco histórico, o Brasil será o Primeiro País da América Latina a sediar os Jogos Surdolímpicos de Verão, que será também o maior evento polidesportivo já realizado no Rio Grande do Sul.
A mascote escolhida para a 24ª edição é o quati-de-cauda-anelada. O vencedor do Concurso foi Ezequiel Becchi, estudante de 19 anos da Escola Estadual de Ensino Médio São Rafael, em Flores da Cunha. A proposta era criar um mascote com as cores do evento, azul, amarelo, verde e vermelho. O concurso foi realizado em 2020, quando Ezequiel tinha 17 anos.
“Eu escolhi o quati, porque além de ser um bichinho muito agradável de se ver ele é muito bonito. A cauda principalmente, então da pra trabalhar bem essa questão das cores que era a proposta do mascote. E da um charme porque é algo que está presente na nossa cultura, principalmente aqui no sul”, relata Ezequiel Becchi.
A mascote foi escolhida por meio de um concurso direcionado a todos os alunos de Ensino Médio das cidades de Caxias do Sul, Farroupilha e Flores da Cunha, e aos alunos surdos residentes nas cidades de Bento Gonçalves, Vila Maria, Torres, Vacaria, Canela, São Sebastião do Caí, Nova Prata, Guaporé, Bom Princípio, Antônio Prado e São Marcos.
Notícias Relacionadas
“Eu sempre gostei de desenhar então ganhando um concurso assim aumenta muito a inspiração, a vontade de continuar nesse meio, de demonstrar um pouco do talento. E também uma felicidade de representar não só Flores como a região. É algo que certamente ficará na história, sempre será lembrado o mascote dessa edição de Caxias. Algo que marcou bastante para mim”, diz Ezequiel.
O quati-de-cauda-anelada, quati-de-bando ou quati sul-americano (Nasua nasua) vive em áreas florestadas nas regiões tropical e subtropical da América do Sul, sendo assim, um animal com alta capacidade de adaptação. O chapéu que acompanha o desenho representa a cultura agrícola da região da Serra gaúcha, e é um símbolo dos produtores de uva. Já o lenço no pescoço faz referência à cultura gaúcha e leva a cor azul pela representatividade histórica que esta tem na comunidade surda.
O nome escolhido para a mascote foi Nino, sugerido por Felipe Oliveira, de 34 anos, de Minas Gerais. Este nome significa: inestimável, digno de apreço, alegre, feliz, que tem muita sorte, auspicioso.
