Custo de Vida

Número de beneficiários do Auxílio Brasil supera o número de empregos em 12 estados do Brasil

Um dos estados com o maior número de beneficiários do auxílio é a Bahia

Foto: Divulgação
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Os números divulgados na última semana apontam que em 12 estados do país, concentrados nas regiões Norte e Nordeste (exceto o Rio Grande do Norte), o número de beneficiados pelo programa Auxílio Brasil (20,2 milhões) é superior ao de trabalhadores formais (7,7 milhões, excluídos os do setor público), segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas.

Um dos estados com o maior número de beneficiários do auxílio é a Bahia, são 2,2 milhões de pessoas que recebem o benefício de R$ 400 do programa governamental. Na segunda posição, está Pernambuco, com 1,4 milhão de benefícios, seguido pelo Ceará, com 1,3 milhão.

O número de beneficiários do programa Auxílio Brasil é maior que o de empregos com carteira assinada (o que exclui setor público) em 12 das 27 Unidades da Federação.

Os dados consideram os 41 milhões de trabalhadores formais que têm a carteira de trabalho assinada. Há, no entanto, um contingente grande de trabalhadores informais e/ou sem carteira assinada.

Até fevereiro último, o programa pagava aos beneficiários R$ 224 e foi elevado para R$ 400. O aumento vigora até dezembro deste ano. O decreto que instituiu o reajuste precisará ser reeditado para continuar valendo em 2023 ou voltará ao montante anterior, aplicado ao então Bolsa Família.

Mesmo tendo praticamente dobrado de valor, o benefício continua insuficiente para mitigar os efeitos corrosivos da inflação em ascendência. Também não elimina a fome que afeta mais de 20 milhões de brasileiros, em situação de insegurança alimentar, sobretudo nas zonas rurais do país.

Esse quadro ganha contornos mais acentuados, quando se compara a proporção de benefícios concedidos pelo Estado e os 41 milhões de empregados com carteira assinada. Antes, eram 18 milhões de atendidos pelo Auxílio Brasil. Hoje, eles correspondem a 44% dos empregos formais com carteira de trabalho assinada — um índice recorde.

Fonte: Correio Braziliense e Poder 360