Você forma e compartilha suas convicções conforme o olhar que lança sobre determinado fato ou objeto.
Uma caneta, por exemplo, pode ser uma ferramenta de escrita. Pode ainda ser um instrumento para registrar nossas ideias. Uma arma de protesto pacífico ou ainda uma autodefesa diante de uma agressão inesperada.
Um físico nuclear diria que é um aglomerado de átomos. Um metafísico complementaria dizendo que entre as partículas atômicas existe um vazio. Um teólogo diria que este vazio é matéria etérea divina. Assim, conforme a profundidade do nosso olhar, deciframos com mais segurança e fidedignidade tudo que está à nossa volta.
Contudo, muitas vezes a observação superficial satisfaz nossas vontades e intenções perniciosas. Então não desejamos ultrapassar este limite imposto por nós mesmos, pois traz um conflito interno que nos impõe mudanças de atitudes e revisões do que defendemos ou atacamos.
O que pretendo demonstrar é que o acesso à verdade está ao alcance de todos. Mas o que está em nosso íntimo somente pode ser alterado por nós mesmos. A chave para ingressar e efetuar as mudanças necessárias está num esconderijo da mente interligada com a evolução moral e espiritual. Sem isso, uma caneta seria um ente autônomo, deixaríamos de considerar que há um ser pensante que segura este objeto.
Por Mauro Falcão, em 08.04.2022 para o Portal Leouve e Tábuas da Verdade.