Leonardo Bertelli Piveta
Leonardo Bertelli Piveta

Abril tem sido um mês decisivo na minha opinião, porque quando eu olho para os últimos 24 meses, vejo que é neste mês que podemos ter algum indicativo de como será o restante do ano. Em março de 2020 tivemos pandemia e lockdowns, em fevereiro de 2021 tivemos as novas variantes e novos lockdowns, em 2022 quando tudo parecia estar entrando nos eixos, tivemos a invasão russa.

O primeiro trimestre, de fato, tem sido aquele que rompe as expectativas e realinha todas as previsões para o ano. Assim, o mercado financeiro é quem responde com mais intensidade a essas novas realidades que se interpõe diante dos investidores, governos e cidadãos.

Pois bem, se o primeiro trimestre do ano é decisivo com base nos acontecimentos, podemos deduzir que previsões mais precisas ou, digamos, mais importantes surgem no mês de abril.

Deste modo, ontem participei de uma conferência com o time estratégico da corretora Guide. Alguns dos pontos discutidos chamaram a atenção. Um deles foi que alguns especialistas esperam uma queda de até 40% na bolsa dos Estados Unidos em um movimento de correção em virtude da mudança da política monetária do Banco Central americano.

Outro ponto levantado pelo time foi que as ações da bolsa brasileira estão baratas quando comparadas com as ações americanas. Na renda fixa, o momento atual favorece a aquisição de títulos com juros pré-fixados. Além disso, a recente queda do dólar motivou a indicação de compra da moeda estrangeira para formar uma espécie de seguro.

Todos estes pontos, portanto, mostraram como seria o posicionamento tático de alguém que queira aumentar sua rentabilidade ou mesmo apenas proteger o seu patrimônio em função da leitura atual. Mas, claro, no mercado financeiro tudo pode mudar em pouquíssimo tempo.