Em 21 de março o Rio Grande do Sul acompanhou perplexo o abandono do júri por parte da banca de advogados que defendia Alexandra Dougokenski, acusada de matar o filho Rafael Winques em um crime brutal.
Os advogados deixaram o local cerca de 15 minutos depois de iniciado o júri, preparado há meses e envolvendo centenas de pessoas, entre força de segurança e servidores gerais. O motivo alegado foi a falta de perícia em um áudio, atribuído pelos advogados a Rafael e que apontaria erro no processo. O áudio, segundo os advogados, mostraria uma data diferente da morte do menino.
O Ministério Público gaúcho negou essa possibilidade e, diante da situação, os advogados decidiram ir embora, causando o adiamento do júri já em andamento.
Agora, a Juíza da Vara Judicial da Comarca de Planalto, Marilene Parizotto Campagna, determinou que o Advogado Jean de Menezes Severo pague o valor de 90 salários-mínimos pelo abandono, segundo ela, injustificável da sessão plenária do Tribunal do Júri. O valor chega então a mais de R$ 109 mil.
A juíza destacou o prejuízo financeiro pela não realização do júri e disse que o valor deverá ser arcado exclusivamente pelo advogado Jean Severo, que, antes de deixar o plenário assumiu pessoalmente a responsabilidade por ser o coordenador da bancada de defesa.
Fonte: Rádio Uirapuru