Tecnologia

IGP passa a operar com equipamento que automatiza perícias balísticas no RS

Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini
Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini

Um salto de qualidade, eficiência e agilidade no trabalho do Instituto-Geral de Perícias (IGP) em análises que envolvam a utilização de armas de fogo. É o que representa a implantação do Sistema de Identificação e Comparação Balística Automatizada. O início de operação da nova tecnologia foi anunciado nesta quinta-feira (17/3), no Palácio Piratini, durante a reunião mensal da Gestão de Estatística em Segurança (GESeg) do programa RS Seguro.

Concretizada por meio de convênio assinado em janeiro de 2020 entre Poder Executivo, Tribunal de Justiça (TJRS) e Ministério Público Estadual (MPRS), a compra do equipamento para operação do sistema, conhecido como indexador balístico, faz parte das medidas dos eixos um e três do programa RS Seguro, de utilizar inteligência no combate ao crime e qualificar os serviços prestados pelas forças de Segurança Pública gaúchas.

O governador Eduardo Leite destacou a integração entre as instituições do Executivo, Judiciário e MP, que vai proporcionar a elaboração de provas mais robustas nos processos criminais, o que também se reverte em benefício para a Segurança Pública.

O indexador balístico, equipamento americano da marca Ibis (Integrated Ballistic Identification System), é uma ferramenta que aprimora os exames periciais da área de balística forense, realizados pelo Departamento de Criminalística do IGP, e trará ganhos significativos para todo o sistema de Justiça Criminal.

Com a implementação, será possível criar de um banco de imagens digitalizadas dos materiais periciados que permitirá determinar, de forma automatizada, eventual correlação entre eles. Dessa forma, os peritos terão condições de identificar se uma munição recolhida em um local de crime veio da mesma arma recolhida em outra cena. A tecnologia ainda possibilitará ao Estado se integrar ao Sistema Nacional de Análises Balísticas (Sinab), com adesão ao Banco Nacional de Perfis Balísticos (BNPB), semelhante ao que já ocorre em relação ao Banco de Perfis Genéticos.

A ferramenta, além de reduzir o tempo para realização de confrontos balísticos com grande número de materiais a serem examinados, vai possibilitar a diminuição gradativa do passivo de perícias. Atualmente, o IGP tem 2,8 mil exames de microcomparação balística aguardando conclusão.

O equipamento está instalado no prédio do Centro Regional de Excelência em Perícias Criminais (Crepec-Sul) do IGP, que já abriga os setores administrativos da instituição e será inaugurado na próxima segunda-feira (21/3).