Um incêndio de grandes proporções atinge a cidade de Santo Tomé, na Argentina. As chamas já dizimaram cerca de 800 mil hectares entre áreas de eucalipto e campos nativos na região que faz fronteira com o município gaúcho de São Borja, que também presta apoio no combate às chamas no país vizinho. São cerca de 200 homens atuando contra os focos, segundo o prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto.
“O fogo vem se alastrando diante da vegetação seca e alta. A preocupação com as chamas ainda é muito grande, pois o incêndio chegou a se aproximar de um posto de combustível”, afirma o prefeito de São Borja, que também é presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
O tempo quente e seco favoreceu a propagação das chamas e ainda dificulta o trabalho do Corpo de Bombeiros, que ainda devem atuar na região pelos próximos três dias, pelo menos. Além de São Borja, equipes de resgate de outros municípios gaúchos, como Santo Ângelo e Canoas, auxiliam os argentinos contra as queimadas.
Para acelerar o combate ao incêndio, Bonotto diz que já solicitou ajuda ao vice-governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior e ainda à secretaria de Segurança Pública e também às autoridades argentinas.
“Temos até o momento 17 focos de incêndio do outro lado da fronteira que podem ser vistos de diversos pontos da nossa cidade. Existe a preocupação de que o fogo se aproxime, já que não temos uma chuva satisfatória desde novembro do ano passado”, diz o prefeito de São Borja.
Segundo informações do jornal La Nacion, na província de Corrientes, onde está localizado Santo Tomé, a expectativa é de que as chuvas retornem a partir da próxima quinta-feira (24). A região enfrenta três anos seguidos de déficit hídrico.
Fonte: Folha do Noroeste