Polícia

Canela adere a Campanha “Não é Não” para conscientizar mulheres sobre seus direitos

Foto: André Fernandes / Canela
Foto: André Fernandes / Canela

A Secretaria de Assistência, Desenvolvimento Social, Cidadania e Habitação de Canela aderiu a campanha “Não é Não” para conscientizar mulheres sobre seus direitos, principalmente contra a violência doméstica.

A mobilização no município iniciou com a presidente da OAB Canela Gramado, Anne Grahl Müller e a juíza Simone Chalela, com o grupo de advogadas voluntárias da Comissão da Mulher Advogada da OAB Canela Gramado.

Na ocasião, a Dra. Simone destacou que “Embora já tenha acabado oficialmente no Estado, a Campanha ‘Não é Não’, é sempre atual e vale ser lembrada, já que depois do não, tudo é assédio. Por isso, é importante conscientizar homens e mulheres sobre a importância de respeitar os direitos e os limites da liberdade, que termina quando começa a do outro. Para que os números de assédio e as diversas violências de gênero decaem, precisamos que a sociedade acolha essa ideia e lute pela mesma causa”.

A assistente social Aneline Schmitt e a secretária de Assistência, Carmem Seibt de Moraes entendendo da importância dessa campanha também no setor público se engajaram na ação e em parceria com o Departamento de Comunicação da Prefeitura iniciaram na tarde desta quarta-feira (26), registro fotográfico da equipe de mulheres da pasta de assistência, do CREAS – Centro de Referência Especializada em Assistência Social e Casa Vitória.

“A intenção da campanha é instruir a sociedade para uma mudança de comportamento social”, destacou a secretária Carmem.

A campanha segue também em outras secretárias e departamentos da administração pública, onde homens e mulheres estão sendo convidados a participarem da ação, por meio de registro fotográfico.

Demais órgãos e empresas também podem aderir a campanha enviando fotos e registros fotográficos de suas equipes com o slogan “Não é Não”, pelo whatts (54) 9 9146-3515.

A Delegacia de Polícia de Canela já faz parte da ação e a foto da equipe será na sexta-feira.

CASA VITÓRIA
O espaço tem como pilares o Respeito, a Igualdade e o Valor da Mulher. O objetivo é receber mulheres vítimas de violência doméstica, que registram ocorrência na delegacia e são encaminhadas para o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas). Sem ter para onde ir, elas são abrigadas no espaço que presta um serviço especializado com o acolhimento, realização de avaliação psicológica e social, além de assessoria jurídica e averiguação da necessidade de abrigamento da vítima e filhos. Existindo esta necessidade, a vítima e filhos são direcionados a Casa Vitória para que recebam vestuário, kit higiene, alimentação e hospedagem até que possam retornar ao lar em segurança, após o afastamento do agressor.

A acolhida da vítima é pautada no fortalecimento feminino, para que a mulher consiga romper o vínculo de dependência com o agressor; na oferta de oficinas de capacitação para obtenção de renda; acompanhamento psicológico para romper vínculos de violência e encaminhamento aos devidos programas municipais de assistência. O acolhimento incentiva a independência, autonomia e o protagonismo feminino. A vítima recebe também apoio jurídico (parceria com a OAB Subseção Canela Gramado).

INFRAESTRUTURA

O imóvel onde a Casa Vitória realiza suas atividades é de propriedade da Prefeitura Municipal, que através de um termo de fomento em 2021, realiza o repasse financeiro de R$ 126 mil para a Associação Coração de Ouro, que presta os serviços especializados para mulheres vítimas de violência doméstica.

O espaço conta com sistema de câmeras (parceria com a Brigada Militar); quartos respeitando a individualidade de cada família; sala de acolhimento com equipe técnica; cozinha/lavanderia; banheiros; sala de entretenimento infantil; sala de TV; e disponibilidade de transporte nos casos de deslocamento da vítima. A casa de acolhimento prevê o atendimento de até 15 mulheres, em funcionamento ininterrupto, 24 horas por dia, sob plantão.

A equipe é composta por psicóloga, assistente social, setor jurídico e também tem oficinas terapêuticas, visando a inserção ou reinserção no mercado de trabalho para conquistarem independência financeira.

*Fonte: Secretaria de Canela