O porquê da pandemia - uma visão metafísica

O mundo já possui mais de 310 milhões de infectados pelo COVID-19, com 5,5 milhões de mortos. A disseminação desta nova doença se espalhou pelos continentes com uma transmissão sustentada de pessoa para pessoa. Historicamente esta pandemia vem se somar a outras que aconteceram num vasto período de tempo: A Peste da febre Tifoide no Egito (430 a.c); Peste Antonina causada pela varíola (165-180); Peste de Cipriano causada pela varíola ou sarampo (250-271); Peste de Justiniano ou Bubônica (541); Peste Negra ou Bubônica (1300) e ainda a Gripe Espanhola do vírus influenza H1N1 (1918-1920), uma das mais mortais.

Na época atual, esta alteração biológica no estado de saúde das pessoas foi rapidamente estudada pela ciência levando a eficientes tratamentos, prevenções e diagnósticos, mas ainda dentro de uma visão corpórea da moléstia. Por outro lado, importante compreender que os fatos surgem por forças reacionárias da natureza, ainda que sempre vigiados pelas esferas celestiais. Conforme pesquisado, muitas pandemias ocorreram em momentos de conflitos entre os povos, como é o caso da Guerra do Peloponeso entre Esparta e Atenas e da Gripe Espanhola durante a primeira guerra mundial. Sugerindo uma espécie de contenção natural.

Para melhor compreensão, necessário perceber a relação do ser humano com a natureza e que esta interação não envolve somente seu corpo, abrange principalmente seu espírito ou intelecto que por sua vez sofre influência vibracional dos sentimentos emanados das pessoas e da sociedade em geral. Embora atualmente o mundo não passe por grandes guerras, isso não significa que está pacífico ou que as pessoas estão em tolerância e aceitação das diferenças ideológicas sociais, políticas e religiosas.

Dentro de uma lógica aceitável, por assim dizer, podemos de forma metodológica e racional usar uma fórmula aritmética para alcançarmos um juízo conclusivo válido sobre o propósito dos acontecimentos. A equação que usaremos é para encontrar o valor do “X” que será “o porquê” da pandemia, exemplo: (1 + X = 3) → (3 – 1 = X) → (X = 2). Em equivalência vamos substituir os números por fatos decorrentes da doença, exemplo: (vírus + X = morte) → (morte – vírus = X) → (X = aglomeração), esta fórmula encontra simetria com o silogismo aristotélico que é a estruturação básica de um argumento ou raciocínio dedutivo, o qual é constituído de três proposições ou fatos verdadeiros interligados, aonde dois destes fatos resultam num terceiro conclusivo, uma lógica científica.

Numa investigação mais aprofundada, percebemos que os elementos que fazem parte da natureza não são apenas os sensíveis aos olhos. Há os micro-organismos como vírus e bactérias e também os que estão abaixo da camada atômica, como o ar ou partículas de gases que compõem a atmosfera, a luz ou radiação eletromagnética (fóton), o som ou onda mecânica acústica. Isso não é ilusório, mas real, pois convivemos com estes fenômenos diariamente, quando falamos ao celular, olhamos TV ou escutamos rádio. Todos estes elementos e muitos outros, imperceptíveis pelos sentidos, formam o que os metafísicos chamam de matéria etérea ou fluídica.

É neste mar de elementos constitutivos do éter que navegam nossos pensamentos. Todos estes componentes sofrem influências vibracionais proporcionados pelos sentimentos. Quando estas emoções se tornam coletivas formam uma oscilação eletromagnética impressionante. Este fato é pouco considerado pela ciência, mas corroborado por ela mesma numa diversidade de estudos que afirmam que o pensamento possui energia. Assim o ato de pensar influencia e sofre influencia agregando ou desagregando estes elementos. Em razão disso a natureza age de forma extremamente sábia para sua estabilidade.

Percebemos então que o planeta Terra não é formado apenas por seres vivos ou minerais. Ela mesma é um organismo vivente que luta pela sobrevivência e reage aos fenômenos que possam causar-lhe desequilíbrio. Portanto esta matéria etérea é parte constitutiva da sua essência fazendo com que se contraponha quando provocada, num instinto de autopreservação. Este desequilíbrio provocado forma um ambiente propício para o desenvolvimento de patologias, uma vez que o sistema imunológico do corpo também sofre com estas irradiações negativas.

Eis o objetivo das forças da natureza operada através da pandemia, ou seja, conter a aglomeração de pessoas. Melhor dizendo, reagir em oposição à concentração ou acumulação de energias psíquicas que resultam e provocam uma alteração no estado vibracional planetário numa conjuntura individual e coletiva, a conhecida Lei de Newton da ação e reação. Pois a transmissão do pensamento liga mentalmente as pessoas através do eletromagnetismo. É uma atmosfera misteriosa que os especialistas das práticas de “Reiki” conhecem com perfeição. Assim, o afastamento corpóreo entre os indivíduos também proporciona o distanciamento anímico ou psíquico, pois os espíritos estão onde as pessoas estão. Embora não venha eliminar totalmente a interação espiritual, irá restringir significativamente. Provocando uma diminuição e enfraquecimento da energia negativa produzida pela intolerância entre os seres, conforme o provérbio popular: “o que os olhos não vêem o coração não sente”.

Enfim, compreendamos que a natureza reage quando provocada, mas Deus é por nós em todos os momentos, suavizando os acontecimentos que trará uma consequência evolutiva de conscientização social e principalmente resultando em significativo progresso científico.

Escreve São Paulo: “Por isso me comprazo em minhas fraquezas, nas injúrias, nos sofrimentos, nas perseguições, nas angústias suportadas por Cristo; pois quando sou fraco, é então que sou forte”. (2 Cor 12,10).

Escrito por Mauro Falcão, em 20.01.2022 para o Portal Leouve e Tábuas da Verdade.