Em uma semana, o número de municípios gaúchos que decretaram situação de emergência no Rio Grande do Sul por conta da estiagem foi de 200 para 300, de acordo com a Defesa Civil do Estado. Em um sistema utilizado pela Defesa, outras 14 cidades já relataram danos em razão da falta de chuvas, mas ainda não fizeram o decreto.
A partir da medida, as prefeituras locais estão autorizadas a buscarem ajuda aos governos estadual e federal para minimizarem os efeitos do problema para a população, pecuária e agricultura. Entre os dispositivos previstos estão a dispensa de licitação para a compra de bens ou a contratação de obras e serviços destinados a atender as populações afetadas, bem como a renegociação de créditos do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).
Um dos municípios que decretou situação de emergência recentemente é Rio Grande. No último domingo, a Defesa Civl havia confirmado que ao menos oito famílias das localidades de Ilha do Leonídeo e Ilha dos Marinheiros estavam sendo abastecidas semanalmente por caminhões pipa do Exército. Um levantamento feito pelos técnicos da Emater/Ascar aponta que o setor mais afetado economicamente na cidade é a pecuária.
Em visita ao Rio Grande no Sul na semana passada, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou que veio ao Estado “não para trazer falsas esperanças, mas para ver o que é possível fazer pelo produtor”. Segundo ela, o Brasil é um país de proporções continentais, com problemas graves na agropecuária no momento, de características diferentes da seca, como é o caso das inundações na Bahia e em Minas Gerais. A visita, disse, é para examinar ações de socorro antes que a situação piore.
Na ocasião, as principais entidades representantes da agropecuária no Rio Grande do Sul – Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/RS), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (FecoAgro/RS), entregaram para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina documento ressaltando as dificuldades que a estiagem vem trazendo ao setor.
*Fonte Correio do Povo