Opinião

A origem do universo e da humanidade. Feliz 2022!

A origem do universo e da humanidade. Feliz 2022!

Estamos ingressando em um novo ano e os caminhos dos estudos científicos e filosóficos ainda não se encontraram na busca do princípio de todas as coisas. Tomaram variadas estradas, muitas vezes em aparente oposição. Esta divisão parte de uma eletrosfera que cerca e protege o núcleo atômico da Divina Verdade, o que é real deve vir a seu tempo, pois se vier concentrado não trará benefícios à evolução humana. Por isso, divide-se em feixes científicos, filosóficos e religiosos, cada qual trazendo um postulado, sem perturbar a evolução e à consciência humana. Sem dúvida parece que o destino da humanidade é esgotar a ideia desta completude Divina. As origens do universo e da humanidade se unificam numa infinita Reverberação Divina.

Com relação a este tema, uma interessante observação pode ser verificada nos textos sagrados do Evangelho de João que nos leva a uma análise profunda, despertando uma fé sensata e cautelosa a fim de que as pessoas tenham uma aproximação das revelações dos sublimes ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. (João 1:1)

A palavra “verbo” na gramática da língua portuguesa significa ação, uma situação ou mudança de estado, sua origem é do latim “verbum” e quer dizer “palavra”. Mas no sentido da tradução hermenêutica bíblica deve ser entendido como reverberação, um fenômeno de ondas sonoras. Este evento físico incide sobre as superfícies, sendo absorvido e gerando novos corpos. Sintetizando, é uma vibração que produz energia.

Em uma similaridade interessante, podemos perceber que no Hinduísmo há um Deus chamado “Rudra”, cujo significado do nome é “rugido”. No Rigveda, documento mais antigo da literatura hindu anterior à Bíblia, é considerada a divindade mais poderosa, associada também a uma tempestade ou furacão. É o senhor que causa a destruição total no momento da grande dissolução cósmica. Mas é uma demolição no sentido renovador, construtivo e benigno.

Veja que a mitologia, apesar de ser tratada pela ciência como um conjunto de fábulas, explica a origem das coisas. O sentido figurado e os personagens divinizados eram usados para educar os povos daquela época, pois o temor em algo superior provocava uma disciplina que resultava no progresso dos povos. Assim, o significado deste Deus hindu é facilmente associado à teoria cosmológica atual do “Big Bang”, uma grande explosão que resultou no desenvolvimento inicial do universo, ou seja, a mitologia antecedeu a ciência por alguns milênios.

No mesmo sentido, a mente humana é uma consciência expansiva infinita, criadora e ilimitada, parte da explosão perpétua da “Divina Providência” que criou o universo e todas as coisas. Somos constituídos de três partes, uma trindade de corpo, alma e energia. O espiritismo chama esta energia de perispírito, envoltório fluídico. A ciência denomina de eletromagnetismo. A filosofia chama de aura, um campo energético que envolve os seres vivos. Este fenômeno, por assim dizer, é visto num aspecto secundário pelas doutrinas espiritualistas e pela ciência. Contudo, devemos considerá-lo como manifestação sublime, uma “força vital”, aonde a revelação do Altíssimo demonstra sua grandeza.

Enfim, que o ano vindouro nos propicie seguir firmes e conscientes a marcha evolutiva. Provocando uma aproximação cada vez maior para contemplarmos de perto o Grande Arquiteto.

Então Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: ‘Aqui está ele’, ou ‘Lá está’; porque o Reino de Deus está dentro de vós”. (Lucas 17:20,21)

Escrito por Mauro Falcão, em 31.12.2021 para o Portal Leouve e Tábuas da Verdade.