Comportamento

Diretora nega envolvimento com acusações na escola Avelino Boff, em Caxias do Sul

Foto: Paula Brunetto / Grupo RSCOM
Foto: Paula Brunetto / Grupo RSCOM

No dia 04 de outubro foi aberto uma sindicância na Escola Estadual Antônio Avelino Boff, localizada na VRS-829, Estrada Fazenda Souza, no interior de Caxias do Sul. De acordo com as acusações feitas, a direção da escola teria desaparecido com equipamentos, móveis e não havia pagado contas, como por exemplo do telefone. A equipe foi afastada. 

No dia 15 de dezembro, cerca de 60 professores, alunos e pais estiveram em frente a escola realizando um protesto, contra a demora da resposta pela 4ª Coordenadoria de Educação e o possível retorno desta equipe diretiva no ano de 2022.

A diretora afastada da escola, Rosicler Inês da Rosa, visitou as dependências do Portal Leouve, em Caxias do Sul e esclareceu algumas informações. Segundo ela, as “denúncias infundadas” foram realizadas por três professoras que desejam o cargo da direção, além de rixas em outras situações ocorridas na escola.

Rosicler esclareceu os principais fatos destacados na denúncia.

” *Fomos acusadas de compra de nota duplicada de dois computadores, o que ocorreu na verdade, após pedir para a CRE verificar foi constatado a nota e série dos computadores, mas só depois de a gente insistir, porque queriam já nos condenar, sem ver que realmente existiam esses computadores.

*Fomos acusadas de roubo de móveis, ganhos por uma agência bancária e na verdade depois que a gente foi falar pra constatar, provamos que dois móveis eram inservíveis para a escola e doados para uma ONG de gatos.

*Também fomos acusadas de roubar uma impressora na casa da vice-diretora, nós estávamos num momento de pandemia, nós precisávamos daquela impressora pra gente fazer um mini escritório, para fazer os históricos em casa, pra atender melhor a comunidade, a vice também é secretária. Só que tem um detalhe ela é uma pessoa que tem pouco mais de 60 anos, é do grupo de risco, então ela não podia ficar direto na escola, ela mora a 30km da escola e fazia muitos trabalhos por lá, por isso a impressora estava lá. Explicamos pra coordenadoria, toda a equipe diretiva sabia, e mesmo assim nós fomos acusadas injustamente.

*Outra coisa que nós fomos denunciadas foi o não pagamento do telefone, nossas contas estão todas em dia, porque na verdade o que que aconteceu com este telefone, um caminhão durante a pandemia, segundo informações de alguns moradores, levou os fios do telefone, e quando nós fomos pedir para a OI religar. A OI nos informou que naquela região não iam ocorrer mais ligamentos, porque não tinha mais alcance ali e era uma outra tecnologia, então nós conseguimos ver pela TIM. A TIM ia nos fazer essa nova linha telefônica, porém quando nós estávamos no caminho de conseguir essa nova linha, fomos afastadas, usaram esse fato pra dizer que nós não pagávamos a conta, as contas estavam todas pagas.”

Essas informações foram esclarecidas para a 4ª CRE com o auxílio de uma advogada. Ainda foi descoberto neste período que não ocorreu a denúncia por parte do Cpers. Outra informação detalhada pela diretora é que não foi repassado, o político descrito nas acusações. ” Estamos sofrendo calúnia, abuso de poder, e influência de política a qual não sabemos. Não existem provas das acusações.”

Sobre o retorno a partir de 2022, Rosicler Inês da Rosa, salientou que ainda não foi definido.

“A nossa ideia é, primeira coisa antes de ter direção é o nome limpo, porque eu sou uma pessoa idônea, minha colega também, a gente não quer ser difamada, a gente não está urgindo por poder, a gente apenas quer justiça. Porquê eu não admito uma acusação de má administração, por causa de três professoras que só querem o poder e nos enxotar de lá. Então essa questão de assumir novamente, isso ai vai ser pensado, por nós, o que a gente quer na verdade, antes de poder, de qualquer coisa, é o nosso nome limpo e liberado dessa sindicância”.

A 4ª Coordenadoria foi procurada no dia do protesto e preferiu não entrar em detalhes para anão atrapalhar a sindicância. Apenas foi divulgado que o período de resposta é 90 dias e portanto, ainda estão dentro do prazo legal. O caso segue sendo investigado.