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Ciro Gomes e seu irmão são alvos de operação da PF contra esquema de corrupção

Foto: Redes Sociais
Foto: Redes Sociais

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (15) uma força-tarefa a fim de desmontar um esquema de fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos decorrentes de procedimento de licitação para obras no Estádio Castelão, em Fortaleza (CE). Entre os alvos da operação estão o pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, e o irmão dele, o ex-governador do Ceará e senador, Cid Gomes.

Pelo menos 80 agentes federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão em domicílios investigados nas cidades de Fortaleza (CE), Meruoca (CE), Juazeiro do Norte (CE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís (MA).

“As investigações tiveram início no ano de 2017, sendo identificados indícios de esquema criminoso envolvendo pagamentos de propinas para que uma empresa obtivesse êxito no processo licitatório da Arena Castelão e, posteriormente, na fase de execução contratual, recebesse valores devidos pelo Governo do Estado do Ceará ao longo da execução da obra de reforma, ampliação, adequação, operação e manutenção do Estádio Castelão. Apurou-se indícios de pagamentos de R$ 11 milhões em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas“, diz a nota da PF.

Os irmãos Gomes são citados juntamente com Lúcio Ferreira Gomes, outro irmão da dupla, além de três políticos que integrariam o núcleo de “agentes públicos” da organização criminosa que teria funcionado entre os anos de 2010 e 2013.

“Os atos sistemáticos de corrupção delatados resultaram em massivos ganhos para a empreiteira e, como contrapartida, possivelmente proporcionaram o enriquecimento ilícito dos agentes públicos beneficiários, num esquema que permeou as duas gestões consecutivas do ex-governador Cid Ferreira Gomes no Estado do Ceará”, acrescenta a corporação.

Em uma rede social e posteriormente em nota, Ciro Gomes, classificou a ação de “abusiva” e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro “transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade”. Disse ainda que o Castelão “foi o estádio da Copa com maior concorrência, o primeiro a ser entregue e o mais barato construído para Copas do Mundo desde 2002” e que não teve nenhuma relação com a obra, já que não ocupou cargo público relacionado ao estádio.

*Com informações da PF