O crime de feminicídio no Rio Grande do Sul registrou aumento de 23% entre janeiro e novembro de 2021 na comparação com o mesmo período de 2020. O dado da Secretaria da Segurança Pública (SSP) apresentado na segunda-feira (13) indicou que foram 90 ocorrências contabilizadas contra 73 anotadas no ano passado, ao passo que registros da Defensoria Pública publicados em novembro apontaram uma disparada nos casos de violência contra a mulher no Rio Grande do Sul.
Somente no mês passado, foram sete assassinatos de mulheres em razão de gênero e apenas uma dessas vítimas tinha registro anterior contra o agressor. “O dado reforça, mais uma vez, a urgência de conscientização social para que as denúncias de abuso e violência doméstica sejam comunicadas às autoridades aos primeiros sinais”, ressalta a SSP. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2020, 81,5% das vítimas de feminicídios no País foram mortas por parceiros ou ex-parceiros íntimos. Mais da metade desses crimes ocorreram em residências.
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Apesar da alta dos feminicídios, outros crimes contra mulher estão em queda no RS. Os casos de ameaça, nos primeiros 11 meses deste ano, chegaram a 29.153, um decréscimo de 5% em relação ao mesmo período de 2020. As tentativas de feminicídio diminuíram 20,5%, com 233 casos em 2021 contra 293 no ano passado. O número de estupros ficou praticamente estável na comparação entre os dois anos, pouco acima de 1,9 mil, ainda bem acima dos patamares registrados entre 2012 e 2018, quando o acumulado do ano inteiro jamais havia chegado a 1.750.
Conforme a pasta, outros crimes como homicídios e latrocínios tiveram queda no acumulado de 2021 frente ao período anterior. Foram 1.421 assassinatos – o menor para o período em 15 anos – e 52 casos de roubo seguido de morte, o menor em toda a série histórica, iniciada em 2002.
