Polícia

RS tem redução de 83,3% nos latrocínios e 4,1% nos homicídios em novembro

Foto: Mauro Teixeira
Foto: Mauro Teixeira

Faltando poucos dias para o encerramento do terceiro ano com atuação do Programa RS Seguro, os indicadores de criminalidade no Rio Grande do Sul seguem renovando os recordes de redução. O número de latrocínios no Estado em novembro apresentou queda de 83,3% em relação ao mesmo mês de 2020, passando de seis casos para um em todo o período. Além de ser o menor total desde que teve início a contabilização desse delito, em 2002, a marca representa uma retração de 94,1% na comparação com o pico da série, em 2006, quando 17 pessoas perderam a vida em assaltos. Em 11 meses, o Estado soma 52 roubos com morte, 18,8% menos que os 64 ocorridos no mesmo período do ano passado. É também o menor total da série histórica e equivale à retração de 67,1% quando comparado com o pico de 158 mortes em assaltos, em 2016.

O Rio Grande do Sul também teve menos mortes violentas pelo crime de homicídio em novembro, comparado com igual mês de 2020. A queda foi de 4,1%, passando de 122 para 117 vítimas – o menor total da série histórica desde 2006, segundo ano de contabilização. Em relação ao pico, de 257 assassinatos ocorridos em novembro de 2016, o total atual representa uma retração de 54,5% ou 140 mortes a menos. A leitura é semelhante no acumulado de 11 meses. Na comparação de períodos entre 2020 e 2021, houve retração de 15%, passando de 1.672 vítimas de homicídio para 1.421 – o que significa a preservação de 251 vidas de um ano para o outro. A soma atual de óbitos de janeiro a novembro é também a menor desde 2006 e equivale à queda de 48,1% frente ao pico da série, com 2.737 assassinatos em 2017.

RS tem um feminicídio a mais em novembro comparado com 2020

Crime contra a vida que resiste a seguir a tendência dos demais indicadores, o feminícidio contabilizou em novembro uma vítima a mais que as seis registradas no mesmo mês em 2020 (16,7%). No resultado acumulado de janeiro a novembro, o número de feminicídios também registra alta, de 73 vítimas naquele período do ano passado para 90 neste ano (23%). Entre as sete mulheres assassinadas por motivo de gênero em novembro, apenas uma tinha registro de ocorrência anterior contra o agressor. O dado reforça, mais uma vez, a urgência de conscientização social para que as denúncias de abuso e violência doméstica sejam comunicadas às autoridades aos primeiros sinais, de forma que seja possível adotar medidas para romper o ciclo de violência antes que ele se conclua com a morte da vítima.