Política

Comunidade prepara mesa com excrementos e frutas para recepcionar prefeito de Caxias

Prefeito Adiló Didomenico se reuniu com moradores da 2º Légua para apresentar o projeto do Parque Municipal de Proteção Animal.

Foto: Especial Leouve
Foto: Especial Leouve

A apresentação do projeto do Parque de Proteção Animal para a comunidade da 2ª Légua ocorrida na tarde do último sábado (06), gerou desconforto entre os moradores e os representantes da prefeitura que foram apresentar o planejamento.

Durante a visita do prefeito Adiló Didomenico, da vice-prefeita Paula Ioris e do secretário do Meio Ambiente, João Osório Martins, os moradores demonstraram insatisfação com a possibilidade do parque ser instalado naquela região. Também participaram da ação outros secretários municipais e vereadores.

Os manifestantes recepcionaram a comissão utilizando cartazes, apitos e em alguns momentos as pessoas vaiaram as autoridades. O ápice do descontentamento foi a apresentação de uma mesa contendo excrementos (fezes) de animais em meio a frutas que são produzidas por agricultores da 2º Légua.

Na estrutura improvisada no interior do salão de festas da comunidade também havia alguns pássaros mortos, fotos de cães feridos, ratos e lixo a céu aberto. Alguns cartazes com as escritas: “Canil da discórdia” e “Parque do Terror” também demonstravam a insatisfação de alguns moradores da comunidade.

De acordo com Ari Antonio Dalegrave, que faz parte da comissão de moradores, e foi um dos organizadores do protesto em Loreto, não houve problema nenhum em relação ao ambiente onde o prefeito foi recebido, uma vez que a parte que mais interessava do projeto foi excluída da discussão.

“Eu acho que foi dentro da normalidade. Um prefeito que monta um suposto projeto desses, sem ouvir os moradores e sem respeitar a comunidade não podia esperar ser recebido com pétalas de rosas. Mas ele foi recebido com todo o respeito. Dentro de uma reunião com 700 pessoas não agradou ninguém. Ele não pode ficar descontente porque as pessoas não concordaram com ele”, conta.

Em nota divulgada no fim de semana pela própria administração, considerou as manifestações bastante agressivas. Durante a agenda, o prefeito Adiló finalizou sua fala se colocando à disposição da comunidade para novos esclarecimentos sobre o assunto.

Nesta segunda-feira (08), a assessoria de imprensa reforçou que não haverá nenhum posicionamento da prefeitura em relação as críticas recebidas no último sábado. Ainda conforme o setor de imprensa, o município não irá mais se manifestar quanto ao local onde será instalado o parque sem que haja uma definição.

Entenda o projeto:
O executivo apresentou o projeto do Parque Municipal de Proteção Animal no último dia 10 de outubro para as a ONGs. O atual alojamento municipal conta com cerca de 550 animais em área urbana. O futuro parque, além de aumentar o espaço para 600 serem animais acolhidos, oferece melhor qualidade de vida em zona rural.

O planejamento busca dividir o local em três áreas: um parque, com estruturas para visitação do público, o Centro de Proteção Animal para atendimento de animais abrigados, e o Centro de Intensivo para animais resgatados.

Além disso, serão instalados no local o escritório do Departamento de Proteção Animal e um monumento dedicado à lembrança de animais de estimação, este último junto a um local de despedida dos mesmos.