Nas primeiras horas desta segunda-feira (08), a população da Nicarágua conheceu oficialmente seu presidente para os próximos cinco anos. Na ocasião, quem assume o cargo mais alto é Daniel Ortega, que irá para seu quarto mandato consecutivo. O fato é que ele venceu com 75% dos votos após ordenar a prisão de diversos outros candidatos, jornalistas, sindicalistas e críticos de seu governo.
De acordo com informações, durante os últimos seis meses, pelo menos 30 pessoas contrárias ao regime do sandinista foram presas. Dentre elas estavam sete pré-candidatos, o que impediu a existência de oposição durante a escolha de voto dos nicaraguenses. Desde 2018, pelo menos 145 pessoas já foram cerceadas de liberdade por expressarem descontentamento em relação ao governo de Ortega.
Nas eleições que ocorreram no domingo (07), a população pôde escolher entre Ortega, Walter Espinoza (ele teve 14,4% dos votos válidos), e outros políticos de partidos menores que são simpatizantes ou associados ao governo.
Frente ao poder nicaraguense desde 2007, o líder da Aliança Sandinista, embarca para mais cinco anos de mandato. Críticos definem o governo de Ortega como ditadura, uma vez que ele está no poder há 14 anos e, durante sua estada no cargo, implantou lei que acabava com limite para reeleições à presidência.
O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, do partido Democrata, afirmou, antes do anuncio oficial da reeleição de Ortega que a eleição “não foi nem livre, nem justa”.