A secretária da Saúde, Arita Bergmann, se reuniu nesta quinta-feira (4) com o presidente da Sociedade Gaúcha de Nefrologia, Dirceu Reis da Silva, para discutir a situação das clínicas gaúchas de nefrologia.
Por volta de 2030, doenças dos rins deverão se tornar a quinta causa de mortes no mundo, segundo a Sociedade Internacional de Nefrologia. O Estado possui 7 mil pacientes de hemodiálise, a grande maioria atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O financiamento é federal, mas o valor da sessão de diálise, como apontou Reis está há quatro anos sem reajuste.
“A saída é federal, mas não tem chegado”, disse, acompanhado no encontro pelo vice-presidente da Sociedade Gaúcha de Nefrologia, Fabiano Klaus, e pelo deputado estadual Ernani Polo. “Apesar do congelamento, os preços dos insumos e medicamentos usados no tratamento têm subido”.
Foram também discutidas soluções para a crise, entre elas, o incentivo ao atendimento pré-diálise, capaz de reduzir custos no tratamento e a necessidade de hemodiálise, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. A secretária sugeriu a possibilidade de inclusão de ambulatórios de nefrologia no programa Assistir, que redistribui de maneira mais justa e equânime os recursos para os hospitais.
“Precisamos de outra visão de atendimento. A solução tem que envolver a atenção primária e que se pense no atendimento por macro ou região de saúde”, defendeu.
Ela também defendeu mobilizar a bancada gaúcha no Congresso para a discussão com o governo federal sobre o reajuste dos atendimentos nas clínicas. No final, foi acertado um novo encontro, com a participação da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, para discutir como acelerar a inclusão dos pacientes de hemodiálise na fila de transplantes.