Na manhã desta quinta-feira (04), a Polícia Civil deflagrou a Operação Ohana, com o objetivo de desarticular organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas na região Centro-oeste do RS. Com atuação especialmente no município de Santiago, o grupo criminoso também se ocupa dos crimes de corrupção de menores e comércio ilegal de armas de fogo.
Durante a ação, foram cumpridas 65 ordens judiciais, entre mandados de prisão preventiva e mandados de busca e apreensão. Além de Santiago, as buscas ocorreram nas cidades de Santa Maria, na Penitenciária Estadual de Santa Maria (PESM), Porto Alegre, na penitenciária Estadual de Porto Alegre (PEPOA) e em Canoas, resultando na prisão de 41 pessoas e na apreensão de armas de fogo.
As investigações tiveram início em novembro de 2020, a fim de elucidar, inicialmente, os delitos de tráfico e associação para o tráfico de entorpecentes, cometidos por indivíduos moradores do Bairro Ana Bonato, em Santiago, e comandada por indivíduos recolhidos no Presídio Estadual de Santiago, Penitenciária Estadual de Santa Maria (PESM) e Penitenciária Estadual de Porto Alegre (PEPOA).
Com o andamento das investigações, verificou-se que os criminosos recrutavam menores de idade para que estes realizassem a venda e entrega de entorpecentes, bem como o transporte de armas e drogas entre pontos de tráfico. Além disso, apurou-se, ainda, os delitos de porte, posse e comércio ilegal de armas de fogo.
De acordo com o apurado, com a transferência do “gerente” do tráfico do bairro Ana Bonato para a PESM, relações foram estreitadas entre ele e outro apenado, os quais passaram a apoiar-se mutuamente na compra e distribuição dos entorpecentes e armas de fogo, ampliando a sua atuação no município e abrangendo, então, os bairros Irmã Dulce e Jardim dos Eucaliptos.
A Operação Ohana foi realizada pela Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Santiago, sob a coordenação do Delegado Guilherme Milan Antunes. A ação contou com cerca de 150 policiais, 35 viaturas e teve apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) da PCRS, por meio da Divisão de Operações Aéreas (DOA), com emprego de helicóptero, e do Grupamento de Operações Especiais (GOE) com seu grupo tático, o Grupo de Resgate e Intervenção (GRI).