Bento Gonçalves

Bento-gonçalvense planeja dar a volta ao mundo em sua motocicleta nos próximos meses

Imagem: Acervo pessoal
Imagem: Acervo pessoal

A motocicleta, uma mochila e a barraca são as fiéis companheiras de Eduardo Torezan, um aventureiro que contornou o Rio Grande do Sul, o Brasil e diversos países da América do Sul na garupa de sua Yamaha Ténéré 250cc. Conciliando a vida de pai, trabalhador e viajante, ele faz suas “indiadas”, como costuma chamar, pelos mais improváveis locais do país.

A paixão por motocicletas, conforme ele destaca, iniciou ainda em 2001, com “meus tios, que tinham moto. O meu irmão comprou a primeira moto dele e eu fui dar as minhas primeiras voltas, foi lá em 2001, mas as viagens mesmo começaram em 2010 para 2011 quando fiz minha primeira viagem até a Bahia, depois fui de moto até o Uruguai, minha primeira viagem internacional. As viagens mesmo começaram de 2010 para 2011. Mas o amor pela moto começou o ano do ano 2000 2001”. Destacou.

Imagem: Acervo pessoal

Nestes mais de 10 anos viajando de moto, Eduardo já presenciou diversos eventos que mudaram sua vida. Quando perguntado sobre, ele destaca que  ver pessoas felizes com pouco lhe causaram uma surpresa sem igual. Inclusive, relembra um episódio no estado do Amazonas durante o natal de 2020.

“O que mais me surpreendeu foi assim ver pessoas felizes com tão pouco sabe? Às vezes a gente ‘tem que ter isso, tem que ter aquilo tem que ter um milhão de coisas’ para ser feliz na vida, mas não precisa. Eu vi a cena que mais me marcou foi véspera de Natal de 2020 que uma mãe, lá no Rio Amazonas. Ela repartiu uma marmita com três filhos. Foi a coisa que mais me marcou até hoje como motociclista, sabe!? Tão pouco e as crianças dando risada, brincando lá, e isso é uma coisa que me marcou muito.” Relembrou Torezan.

Ao falar da família, é difícil não relacionar com a própria experiência. Torezan é pai de uma menina de cinco anos e, segundo ele, quando viaja, o sentimento de felicidade e liberdade divide espaço com a saudade de sua filha. Contudo, as novas tecnologias permitem uma proximidade mesmo com milhares de quilômetros de distância. Vídeo-chamadas, mensagens de voz, fotos, vídeos e outras formas de comunicação via internet possibilitam que pai e filha sintam-se unidos.

Esta comunicação, que é um alívio para momentos de saudade, será útil para o próximo projeto. Ele, que já viajou para locais próximos e mais distantes, como a Guiana Francesa, irá nos próximos meses embarcar para uma “indiada” de tamanhos sem precedentes em sua vida. Eduardo Torezan irá dar a volta ao mundo em sua “Tereza” -forma carinhosa de chamar sua moto Yamaha Ténéré 660 que lhe acompanhará neste desafio-.

Imagem: Acervo pessoal

“Agora vem a minha tão sonhada volta o mundo. Eu quero passar em todos os continentes. A próxima aventura eu não sei ainda, estou esperando a questão das fronteiras por causa da pandemia de Covid. Na verdade, eu vou fazer todos os países da América do Sul, que já faz parte da Volta ao Mundo. Eu farei os 13 países, as 13 capitais e os quatro extremos da América do Sul. Aí, depois, vamos ver o que acontece! Estou esperando o meu visto nos Estados Unidos fica pronto. Aí sim aí eu continuo a ‘indiada’ no Panamá, na América Central e América do Norte. Aí eu vou para o Alasca que é a minha viagem tão sonhada. Chegar no extremo norte. Depois do Alasca ir à Flórida. E, aí, eu sigo. Coloco a moto no avião vou para Portugal. E, de Portugal, aí só Deus sabe”. Revelou com entusiasmo.

A volta ao mundo, depois de chegar ao Alasca, deve rumar à Europa para, posteriormente, conforme a decisão de Eduardo, ir para África, mais precisamente no Marrocos. Depois, ele planeja seguir viagem sentido à Ásia. Todo esse trajeto, segundo as estimativas do aventureiro, devem levar em torno de um ano a um ano e meio.

Imagem: Redes Sociais

Ao final da entrevista, Torezan destacou que viver os sonhos é algo que todos deveriam buscar fazer. “Isso aí é uma coisa que eu acho que todo mundo consegue. Se eu consegui, assim, eu, morador do interior, mal sei falar o português correto. Nunca desistir dos sonhos, e, também, se você tem 20 anos não é para pensar que a felicidade está depois de 70, 60 e tu podes crescer financeiramente, no trabalho, pode curtir a vida, tudo existe uma administração, tudo dá, só querer que a pessoa consegue!”.

As aventuras de Eduardo pelas estradas do Brasil e do mundo podem ser conferidas em seu Instagram @gringoemduasrodas. Lá, ele publica conteúdos e atualizações sobre suas paradas e locais que está visitando.