Comportamento

"Se quem procura acha, ache o quanto antes" diz Adriana Miorelli, caxiense que venceu o câncer de mama

Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook

Era uma segunda-feira, em abril de 2021, durante uma tarde de sol e calor, um pouco antes de entrar em quadra para uma partida de tênis, esporte que descobriu ser fã, com o filho, que a relações públicas e professora universitária Adriana Miorelli Carniel, de 48 anos, recebeu uma ligação de sua médica, dias após ter realizado uma mamografia que sugeriu uma biópsia, pedindo para que ela fosse até o consultório.

Não foi difícil para ela juntar os pontos. Mas, naquele momento, não importava. Ela estava decidida: iria jogar a sua melhor partida de tênis. E assim fez.

Após o jogo ela ligou para o marido para que ele a acompanhasse até a consulta.

Na sala médica, ela teve o que ela relatou ser o pior dia da sua vida. Adriana recebeu a notícia que estava com câncer de mama.

“Foi uma bordoada, né? A biópsia do meu exame tinha apontado um carcinoma. Ele ainda era muito pequeno, mas era maligno, e partir dai se travou uma batalha. Foi o dia mais difícil da minha vida, porque é o dia que a gente se dá conta que existe finitude, né? A gente vive, corre, faz, trabalha, cuida dos filhos, da casa e não para pra pensar que não pode mais estar aqui. E eu tive, nesse dia, a oportunidade de pensar nisso”, disse.

Em alusão ao Outubro Rosa, mês de prevenção ao câncer de mama, Adriana recebeu a equipe do Grupo RSCOM para uma conversa onde ela relatou sobre o diagnóstico, o seu tratamento, os medos que ela passou durante esse tempo e de como ela dividiu esse medo com os filhos Lorenzo, de 15 anos, e Vittorio, de 11 anos, e o marido, Jean Carlo Carniel, além dos demais familiares e amigos.

Entre os temas abordados, ela comentou sobre como a doença afeta a autoestima feminina.

Adriana, que diz ser muito vaidosa, teve, claro, o medo de perder os cabelos devido ao tratamento.

Mas ela entendeu que, diante da dor do diagnóstico, e mesmo sabendo que isso é delicado dentro do mundo feminino, essa questão seria pontual, e que ela passaria pelas dificuldades impostas pela doença, com ou sem seu cabelo.

Ela ainda fez um alerta para as mulheres que procurem seu médico, que façam o autoexame nas mamas, e que não se preocupem com a expressão “quem procura, acha”, já que, conforme Adriana, neste caso, o melhor é achar, e o quanto antes.

“As mulheres precisam realmente se cuidar. Prevenção não é bobagem. A história de quem procura acha, é melhor que a gente ache cedo do que tarde. Muita gente diz que não vai fazer por isso, mas tomara que você ache algo cedo e possa tratar. Faça o autoexame e mantenha as visitas aos médicos especialistas, isso é muito importante, isso não é bobagem”, relatou.

Ela finaliza dizendo que se sente uma guerreira, uma batalhadora e uma mulher corajosa, pela sua história de vida e sua trajetória, e que isso ficou ainda mais claro para ela após a batalha que travou contra a doença.

Confira a entrevista completa: