Da última vez que um Seminário da Lide – Lideranças Empresariais – ocorreu em Bento Gonçalves isto foi semanas antes do país e do mundo se verem diante do desafio da pandemia com a estagnação de negócios e o fim de encontros presenciais. Neste sábado um novo Seminário teve lugar no CIC de Bento Gonçalves quando dois painéis e uma palestra aproximaram lideranças que apregoam mudanças necessárias para um futuro que se aproxima.
Mediados pelos presidentes do CIC, Rogério Capoani e da Lide, Eduardo Fernandez, revezaram-se nas falas logo depois da saudação do prefeito Diogo Siqueira, o presidente da Assembleia Legislativa do RS, Gabriel Souza, o chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Arthur Lemos, o Procurador Geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles.
O chefe da Casa Civil demonstrou com números a evolução da situação financeira do Estado, destacando a reforma administrativa, que ajudou na obtenção do equilíbrio fiscal. Artur Lemos lembrou que desde o governo Triches sucessivos administradores escolheram um caminho em que o RS só fez aumentar o desequilíbrio entre receita e despesa que no próximo ano já estará alcançado segundo demonstrado no orçamento. Ele destacou ainda a coragem dos deputados estaduais na aprovação das reformas.
O próprio presidente da Assembleia lembrou que a reestruturação do estado começou ainda sob o comando de seu correligionário José Ivo Sartori e que o futuro do estado passa por m tripé: equilíbrio fiscal; modernização da máquina pública e rediscussão do tamanho do estado.
Sobre equilíbrio fiscal e contas em dia o deputado lembrou que o Estado ainda precisa aderir a repactuação da dívida para com a União. “Se não o fizermos, só no ano de 2022 o déficit fiscal seria de R$ 3 bilhões”.
O encontro ainda teve como destaques um painel sobre a importância da retomada do setor do turismo com as manifestações dos secretários Municipal Rodrigo Parisotto e estadual, Ronaldo Santini. O encontro culminou com a palestra da empresária Carol Paiffer, jurada do programa Shark Tank, ela é investidora da bolsa de valores e CEO da Atom, uma das maiores traders da América Latina. Segundo ela, enquanto 53% da população americana investe na bolsa de valores, no Brasil esse índice é de apenas 3%. “Nós temos um cultura do endividamento, você nem aprendeu a lidar com dinheiro e já ganhou um cartão de crédito e aprendeu a parcelar. O problema não é o endividamento, é a falta de investimento”, comentou.