Neste domingo (15), uma missa realizada às 15h no Santuário de Caravaggio, com os representantes de sete regiões da Pastoral da Diocese de Caxias do Sul, deu início a fase diocesana Sínodo 2021-2023. Está fase consiste na criação de um documento universal, para escutar os anseios da população mundial em relação a religião.
A convocação foi feita pelo Papa Francisco, iniciando neste final de semana e culminando em outubro de 2023, numa conferência em Roma. A palavra Sínodo é grega e em tradução simples quer dizer caminhar juntos. Ao convocar este encontro o Papa sugere que as pessoas se escutem e respondam questionamentos, divididos em três temas principais: participação, comunhão e missão.
O Sínodo já foi realizado em outras situações mais específicas, desta forma, englobando todo o mundo é a primeira vez. O bispo diocesano Dom José Gislon destacou a importância de ouvir os leigos. Segundo ele as mudanças acontecem muito rápido e a igreja precisa saber o que as pessoas de segunda união, os jovens, os grupos, as comunidades pensam da igreja.
” O sínodo justamente ele quer ouvir o leigo, é dar voz a esse batizado, fazer com que ele possa opinar e sentir-se igreja também. Digamos assim dizer eu gostaria que a minha igreja caminhasse nessa direção, desse respostas pra essa realidade que tocam a minha vida, a minha família e a minha comunidade, então por isso é importante o ouvir, porque se nós não ouvirmos, nós partimos sempre de suposições.”
Em uma coletiva de imprensa, realizada na última sexta-feira (15), Gislon relembrou a falado Papa que disse que o Sínodo não é só ouvir, é escutar, o que é bem diferente de ouvir, o escutar é absorver aquilo que o outro está dizendo. “A igreja quer escutar”, falou ele.
O bispo esclareceu para as pessoas que desejarem responder os questionamentos, haverá uma preparação com as paróquias. Pois, as comunidades, famílias ou pessoas precisam se ouvir e montar uma síntese com as ideias. Além disso, ele relembrou que a igreja é como um todo, tendo diversas culturas e contextos, por isso não devem ser mudanças para as paróquias e sim para a igreja, para a religião católica em si, com base no evangelho. “O processo sinodal é um processo espiritual, não é um exercício mecânico de coleta de dados ou uma série de reuniões e debates”, salientou Dom José.
No dia 25 de março de 2022, esse documento de no máximo 10 páginas, será entregue na discussão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A diocese de Caxias do Sul preparou um material gráfico, contendo três QR Codes, um com o Documento Preparatório, um com o Vademecum do Sínodo e o terceiro com o questionário diocesano. O material estará disponível para as paróquias e leigos com a equipe de organização e na Catedral Santa Tereza.
Fotos: Paula Brunetto / Grupo RSCOM