Bento Gonçalves

CIC-BG busca inclusão de Bento Gonçalves no trajeto do transporte de alta velocidade Hyperloop

Imagem: CIC-BG
Imagem: CIC-BG

O arrojado projeto do Hyperloop, veículo semelhante a um trem que viaja até 1000 km/h, poderá ter Bento Gonçalves como um de seus destinos. Na última sexta-feira (17), a Câmara da Indústria e Comércio reuniu-se com representantes da companhia criadora do projeto e buscou expor a importância de incluir a cidade no trajeto. O Hyperloop, originalmente, visa conectar Caxias do Sul, Gramado e Porto Alegre através de um transporte capaz de fazer o percurso em menos de 20 minutos.

O transporte não utiliza combustível fóssil e é totalmente sustentável, sendo movido por energia solar. Ele não utiliza vagão, e sim, cápsulas que se locomovem por levitação dentro de um túnel, podendo chegar a 1,2 mil km/h. No trajeto Porto Alegre – Caxias do Sul a velocidade seria de 600 km/h, o que levaria cerca de 19 minutos.

Em entrevista ao Grupo RSCOM, o presidente da CIC-BG, Rogério Capoani, revelou que agora a cidade irá expor os números capazes de comprovar as vantagens de estender o trajeto do Hyperloop até a cidade. Um dos pontos fortes, é em relação ao transporte de cargas, visto que o trem não apenas transporta pessoas, mas, também, produtos. Desta forma, seria uma opção para envio de alimentos e outros itens de Porto Alegre à Serra em questão de minutos.

“O Hyperloop serve não só com a possibilidade de transportar passageiros para turismo, mas também como também pra cargas de todas as naturezas. Então isso para nós é importantíssimo. Vai ser bem bacana. E temos a convicção de que vamos conseguir nos enquadrar dentro do estudo de viabilidade econômica. É a Universidade Federal do Rio Grande do Sul que faz esses trabalhos de levantamentos.”

“Para botar em pé, fazer girar, tem que começar, no mínimo, com US$2 bi a US$3 bi podendo chegar a quase US$8 bi. Então, tem que utilizar com bastante conhecimento e tudo mais. Mas, em a relevo e tudo mais, eu pensei que fosse muito mais complicado, pois ele fica 15 metros de altura e a cada ponto tem a estrutura de fixação de base pra poder assentar os tubos. (…) É um projeto que deverá demorar para viabilizar, mas eu acho que vai sair”.

O plano da empresa é buscar investidores para implementar o projeto, cujo custo gira em US$ 3,18 bilhões, com payback previsto de cinco anos, exatamente o mesmo tempo que levaria para construir a estrutura no Rio Grande do Sul – o custo total (implementação, operacional e impostos) em 30 anos chega a US$ 8 bilhões, montante que, na cotação atual, passa da casa dos R$42 bilhões. A tarifa média ficaria em R$ 115 para uma viagem entre a Capital e Caxias.